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Impacto da televisão sem estudos conclusivos

A 20 de Agosto de 1995, a SIC abriu o noticiário da noite com o tema dos fogos florestais. Dez anos depois, o tema de destaque manteve-se, mas com várias diferenças. Enquanto em 95 a estação dedicou um minuto à matéria e apenas com imagens de arquivo, em 2005 os telespectadores foram “bombardeados” com 24 minutos de chamas, oito reportagens do dia e quatro directos. A comparação foi feita pela jornalista Maria João Ruela e serviu para lançar o debate sobre a eventual influência dos media e comportamentos de imitação.

A 20 de Agosto de 1995, a SIC abriu o noticiário da noite com o tema dos fogos florestais. Dez anos depois, o tema de destaque manteve-se, mas com várias diferenças. Enquanto em 95 a estação dedicou um minuto à matéria e apenas com imagens de arquivo, em 2005 os telespectadores foram “bombardeados” com 24 minutos de chamas, oito reportagens do dia e quatro directos. A comparação foi feita pela jornalista Maria João Ruela e serviu para lançar o debate sobre a eventual influência dos media e comportamentos de imitação.

Rui Abrunhosa, doutorado em Psicologia da Justiça, apontou algumas das evidências dadas pela investigação. Sim, a violência televisiva pode levar à mudança de atitudes e desinibição de comportamentos agressivos. Não, esse efeito não pode ser generalizado e tem impacto apenas em pessoas com tendência para o crime.

A pergunta, nesse caso, impõe-se têm as imagens televisivas impacto no tipo de pessoas configurado pelo perfil do incendiário português? “É difícil estabelecer a relação com a televisão”, considera o investigador. “Não nos podemos deixar vencer pela ideia de que somos um país de incendiários”.

Os estudos conduzidos por Cristina Soeiro e Eduardo Ferreira mostram ser muito diminuta a percentagem de pirómanos e revelam três perfis predominantes. Prevalecem o chamado “instrumental retaliatório”, em que os autores agem por vingança, e o “expressivo por história clínica”, em que os criminosos revelam traços de alcoolismo, esquizofrenia e atrasos mentais.

Indicadores, salienta Eduardo Ferreira, que devem orientar as estratégias preventivas. “Não vale a pena a educação ambiental”. Em contrapartida, deveria haver investimento em “programas de tratamento e acompanhamento”.

fonte:

[url=http://jn.sapo.pt/2006/02/21/sociedade/impacto_televisao_estudos_conclusivo.html]www.jn.sapo.pt[/url]

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