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Deficiente mental ganha 20 anos de vida

Na última década, a média de vida do brasileiro com deficiência mental aumentou 20 anos, passando de 35, em 1991, para 55 anos, em 2000, segundo estudos científicos e levantamento da Apae de São Paulo (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), que comemora em abril 45 anos de fundação. Nos EUA, a média de vida dos deficientes mentais é de 65 anos.
Na última década, a média de vida do brasileiro com deficiência mental aumentou 20 anos, passando de 35, em 1991, para 55 anos, em 2000, segundo estudos científicos e levantamento da Apae de São Paulo (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), que comemora em abril 45 anos de fundação. Nos EUA, a média de vida dos deficientes mentais é de 65 anos.
Levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que a expectativa de vida ao nascer do brasileiro aumentou dois anos e meio ao longo da década de 90 – de 66 para 68,6 anos. O IBGE não tem estatísticas sobre a longevidade do deficiente.

Os portadores da síndrome de Down -a maior causa das deficiências mentais- apresentam envelhecimento precoce, com início a partir dos 25 anos, por causa das alterações metabólicas provocadas pelo fato de terem três cromossomos 21, em vez de dois.
A partir dos 40 anos, por exemplo, alguns já começam a desenvolver a doença de Alzheimer, que, na população em geral, costuma se manifestar após os 65.

Segundo os médicos, o aumento da longevidade dos “downs” está relacionado a um maior entendimento sobre a síndrome e na adoção de uma série de medidas preventivas mesmo antes de os problemas de saúde surgirem.
As doenças cardíacas são a principal causa de morte entre os portadores. Hoje, sabe-se que 50% dos bebês “downs” nascem com cardiopatias congênitas; por isso, as crianças devem ser investigadas e tratadas desde o nascimento, diz a médica Silvia Bragagnolo Longhitano, geneticista da Escola Paulista de Medicina da Unifesp.

Os “downs” também têm mais chances de desenvolver hipertensão e hipercolesterolemia (excesso de colesterol “ruim” no sangue). Em razão disso, as instituições de apoio adotam programas específicos, com alimentação balanceada e exercícios físicos. Na Apae, por exemplo, há dois anos não existe caso de hipertensão.
“O ideal é que, desde bebê, seja adotado um protocolo de acompanhamento para cada um dos fatores de risco ao longo da vida”, explica Longhitano. Em 2005, a Apae realizou 15 mil atendimentos nas áreas da pediatria, neurologia, oftalmologia, fonoaudiologia, nutrição, genética, psiquiatria, cardiologia, entre outros.

Tratamentos e terapias, em especial as mais diversas formas de estimulação, têm sido fundamentais para um melhor desenvolvimento e desempenho social do portador da síndrome de Down, segundo o promotor público Fabio Ramazzini Bechara, presidente da Apae desde o ano passado.
Aliado a isso, avalia, está a participação da família, que, nos últimos anos, tem acreditado no potencial do deficiente de desenvolver habilidades que permitam sua inclusão no mercado de trabalho e no ambiente escolar.

“O envelhecimento é uma realidade muito recente na vida do portador da síndrome de Down. Até bem pouco tempo atrás, ele era visto em compasso de espera para a morte, não havia investimento nele”, afirma Bechara.
Ele diz que, no futuro, a meta é usar o manancial histórico da instituição em pesquisas científicas que permitam nortear ações em todo o ciclo de vida do portador.

Fonte: [url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1203200620.htm]www.folha.uol.com.br[/url]

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