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Cientistas pedem melhoria do ensino da teoria da evolução

Um grupo de cientistas se uniu para pedir que certos fundamentos científicos sejam mais reforçados no ensino da teoria da evolução nas escolas.
Um grupo de cientistas se uniu para pedir que certos fundamentos científicos sejam mais reforçados no ensino da teoria da evolução nas escolas.
Em uma declaração assinada por mais de 67 academias científicas afirmam que evidências sobre a origem da vida estão sendo “maquiadas, negadas ou confundidas” em algumas escolas.

O documento lista fatos da teoria da evolução que “nunca foram colocados em dúvida por nenhuma evidência científica”, como a formação da Terra há 4,5 bilhões de anos ou do aparecimento da vida há 2,5 bilhões de anos.

“Sabemos de várias escolas em diferentes partes do mundo onde está se ensinando às crianças que a Terra tem 8 mil anos”, disse Yves Quere, co-presidente do Painel Inter-Acadêmico em Assuntos Internacionais, uma cadeia global de academias científicas.

“Nesta declaração, estamos dizendo que vocês não podem ensinar isto às crianças. Isto é errado”, diz o documento.

Quere disse que a declaração reflete uma preocupação crescente da comunidade científica de que as crianças não estão aprendendo os fatos básicos da evolução nem a origem da investigação científica.

“Em alguns países, simplesmente está se negando a teoria da evolução às crianças”, disse.

A declaração das academias diz: “Pedimos aos legisladores, professores e pais que eduquem suas crianças sobre os métodos e descobertas da ciência para propiciar uma compreensão da ciência da natureza”.

“O conhecimento do mundo onde eles vivem dá condições às pessoas de atender às suas necessidades e proteger o planeta”.

A publicação do documento vem junto com um intenso debate sobre se o chamado “design inteligente” (DI) deveria ser ensinado em escolas, principalmente nos Estados Unidos.

Os defensores da teoria argumentam que a vida na Terra é complexa demais para ter evoluído espontaneamente. Para eles, a vida é o resultado da ação de um “designer” na natureza, uma força superior.

No ano passado, um juiz federal deu ganho de causa a um grupo de pais em Dover, na Pensilvânia, que contestavam a decisão de administradores de escolas de incluir o ensino do design inteligente no currículo escolar.

Steve Fuller, um professor de sociologia da Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, foi testemunha no julgamento, defendendo o direito de se ensinar alternativas à evolução.

Ele disse que achou o documento feito pelos cientistas “muito suave”, uma vez que as únicas pessoas que vão discordar são os intérpretes radicais da Bíblia, “os que acreditam que o mundo foi criado em seis dias”.

“As palavras evoluir e evolução são usadas aqui sem conteúdo”, disse Fuller. “Não se fala nada sobre a explicação ou os mecanismos envolvidos em todo o desenvolvimento da vida neste tempo todo”, disse.

“Não chega mesmo a tocar em assuntos que separariam as escolas que contestam a teoria da evolução”, afirmou.

Fonte: [url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/06/060621_cienciaerros_crg.shtml]www.bbc.co.uk[/url]

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