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Cientistas montam banco de dados com 160 medicamentos e seus efeitos no organismo humano

Um banco de dados com as assinaturas genéticas de medicamentos e seus efeitos no organismo humano acaba de ser anunciado por um grupo de pesquisadores de diversas instituições dos Estados Unidos. A novidade, que começa com mais de 160 drogas, pode ser usada para descobrir aplicações potenciais de novas substâncias em doenças como o câncer.
Um banco de dados com as assinaturas genéticas de medicamentos e seus efeitos no organismo humano acaba de ser anunciado por um grupo de pesquisadores de diversas instituições dos Estados Unidos. A novidade, que começa com mais de 160 drogas, pode ser usada para descobrir aplicações potenciais de novas substâncias em doenças como o câncer.
O mapa genético, de acesso público, está descrito na edição de setembro da revista Science. No artigo, os autores relatam a montagem do extenso catálogo de informações a respeito de como as substâncias analisadas afetam células sadias e doentes. O projeto leva o nome de Mapa de Conectividade, pela proposta de estabelecer conexões entre drogas, genes e doenças.

Um grande desafio na medicina é relacionar cada doença humana com substâncias químicas que possam tratá-la efetivamente, entendendo a base molecular de cada efeito. Com o novo mapa, essas conexões poderão ser melhor entendidas.

O objetivo do projeto é compilar assinaturas genéticas das células do organismo humano em vários estados diferentes. Com isso, um pesquisador que esteja analisando o possível uso de um medicamento em determinado caso clínico pode inserir a assinatura dessa substância no banco de dados e verificar seus possíveis efeitos.

“O Mapa de Conectividade funciona como a busca do Google, só que para descobrir conexões entre drogas e doenças. Essas ligações são reconhecidamente difíceis de encontrar, em grande parte porque drogas e doenças costumam ser caracterizadas em linguagens científicas completamente diferentes”, disse Todd Golub, diretor do Programa de Câncer do Instituto Broad.

Formado por uma parceria entre o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade de Harvard, o Instituto Broad coordenou o projeto do mapa. Entre outras instituições participantes estão o Instituto Médico Howard Hughes, o Centro de Pesquisa em Genética Humana e o Instituto Whitehead de Pesquisa Biomédica.

Para construir a primeira parte do banco de dados, a equipe coordenada por Justin Lamb, do Instituto Broad, colheu perfis de expressão genética de cultura de células tratadas com pequenas moléculas bioativas. Entre elas estavam componentes de medicamentos usados no tratamento de doenças.

Os cientistas também coletaram assinaturas genéticas de células afetadas por condições diversas como obesidade, Alzheimer e leucemia. Em seguida, foram feitas em um programa de computador comparações entre as assinaturas de todas as drogas e dessas com as assinaturas das doenças.

As análises confirmaram aplicações conhecidas das drogas e identificados novos usos potenciais. Com o Mapa de Conectividade, os cientistas identificaram, entre outros, mecanismos de funcionamento de um novo candidato para câncer de próstata. Verificaram também que certas substâncias usadas para determinadas doenças poderiam ser úteis no tratamento de outros problemas.

Mapa da Conectividade: www.broad.mit.edu/cmap

Fonte: [url=www.agencia.fapesp.br]www.agencia.fapesp.br[/url]

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