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Grupo norte-americano identifica gene que pode causar predisposição à depressão

Uma variante do gene transportador de serotonina, em combinação com o estresse, pode causar uma predisposição à depressão ao causar superatividade em uma parte do cérebro, segundo estudo publicado na edição de outubro do periódico “Proceedings of the National Academy of Sciences” (Pnas).
Uma variante do gene transportador de serotonina, em combinação com o estresse, pode causar uma predisposição à depressão ao causar superatividade em uma parte do cérebro, segundo estudo publicado na edição de outubro do periódico “Proceedings of the National Academy of Sciences” (Pnas).
A variante curta do gene transportador de serotonina já havia sido associada à depressão em pessoas com alto grau de estresse, mas a base neural não era conhecida. Uma hipótese anterior sugeria que pacientes com a variante do gene curto ativariam fortemente a região das amígdalas cerebrais – lóbulo arredondado na superfície anterior do cerebelo – em resposta a estímulos emocionais.

Segundo o modelo desenvolvido no novo estudo, no entanto, a presença da variante curta não aumentou a reação da amígdala ao estímulo emocional, mas elevou sua atividade durante o repouso.

A equipe de cientistas norte-americanos e alemães, liderada por Turhan Canli, do Departamento de Psicologia da Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos, utilizou uma técnica de captação de imagens cerebrais para determinar como o gene e o ambiente poderiam de fato interagir no cérebro.

O estudo considerou 48 adultos com idade média de 24,7 anos. Os critérios excluíam quem tinha histórico de psicopatologias diagnosticadas ou uso de medicação que alterasse o comportamento. Os participantes foram submetidos a questionários sobre o histórico de estresse, incluindo itens ligados a trabalho, problemas legais e financeiros, relacionamentos, morte e doenças sérias na família.

Os pesquisadores utilizaram imagens de ressonância magnética funcional para medir o fluxo sangüíneo em regiões específicas do cérebro. A mensuração da atividade cerebral é considerada um indicador mais sensível das respostas emocionais do que os métodos tradicionais fundamentados na descrição verbal do paciente.

Os resultados mostraram que, em vez de ser superativada em resposta a estímulos emocionais negativos, a amígdala cerebral das pessoas com a variante de gene curto ficava superativa mesmo em estado de repouso, particularmente nos indivíduos com altos níveis de estresse. Pessoas nessas condições mostraram um fator de risco para depressão em relação aos que possuem a variante longa do gene.

Fonte: [url=http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=6211]www.agencia.fapesp.br[/url]

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