Cerca de 200 mil pessoas morrem por ano no Brasil vítimas de doenças relacionadas ao cigarro. No mundo, esse número sobe para quase cinco milhões no decorrer de um ano.
Cerca de 200 mil pessoas morrem por ano no Brasil vítimas de doenças relacionadas ao cigarro. No mundo, esse número sobe para quase cinco milhões no decorrer de um ano.
Para tentar diminuir o número de fumantes e de mortes no Brasil e alertar sobre os males causados pelo fumo que o Inca (Instituto Nacional de Combate ao Câncer) e outras entidades comemoram em 29 de agosto o Dia Nacional de Combate ao Fumo.
A Lei Federal nº 7.488 de 11 de junho de 1986 estabelece que, durante a semana que antecede a data, seja lançada uma campanha de âmbito nacional, visando alertar a população, em particular os adolescentes e adultos jovens -alvos preferidos da indústria do tabaco.
Anualmente são homenageados pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional de Combate ao Fumo, os Estados, municípios, ambientes de trabalho, unidades de saúde e escolas que mais se destacaram no desenvolvimento de ações de controle do tabagismo no Brasil. A premiação é realizada como reconhecimento às ações do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e outros Fatores de Risco.
Doenças
Os problemas causados pelo cigarro estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, principalmente dos jovens e mulheres, que antes não fumavam tanto. O consumo de cigarros, charutos, cachimbo, fumo de rolo e rapé, leva ao organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo nicotina, monóxido de carbono (o mesmo gás que sai do escapamento de veículos), alcatrão, agrotóxicos e substâncias radioativas, que propiciam o desenvolvimento de câncer.
Aliado a outros hábitos, o cigarro tem favorecido o desenvolvimento de alguns tipos de tumores, ente eles o de pulmão, muito agressivo e com altas taxas de mortalidade. Além disso, esses os componentes da fumaça do cigarro causam dependência, o que potencializa ainda mais os efeitos negativos no corpo causando câncer de pulmão, bexiga, boca, laringe e pâncreas, hipertensão arterial, infarto, derrames cerebrais, bronquite crônica, enfisema e úlcera gástrica, entre outros.
“Os fumantes adoecem com uma freqüência duas vezes maior que os não-fumantes, têm menor resistência física, menos fôlego, pior desempenho nos esportes e na vida sexual, envelhecem mais rapidamente e apresentam um aspecto físico menos atraente, pois ficam com os dentes amarelados, pele enrugada e impregnada pelo odor do fumo”, afirma Edra Domingues P. de Oliveira, médica da Oncocamp, em Campinas (SP).
Prevenção é a palavra chave para manter a saúde e possuir hábitos saudáveis.
Tabagismo no Brasil
O percentual de fumantes no Brasil é considerado alto quando comparado com outros países, principalmente da América Latina, segundo o Inca.
Dados apontam que um terço da população adulta fuma, sendo 11,2 milhões de mulheres e 16,7 milhões de homens. Cerca de 90% dos fumantes ficam dependentes da nicotina entre os 5 e os 19 anos de idade. Atualmente, existem no país 2,8 milhões de fumantes nessa faixa etária.
A maioria dos fumantes tem entre 20 e 49 anos de idade. Os homens fumam em maior proporção que as mulheres em todas as faixas etárias. Porém, a mulher vem aumentando sua participação no número de fumantes, sobretudo na faixa etária mais jovem.
O uso inicial de tabaco é bastante precoce na vida dos estudantes da rede pública de ensino, sendo que, entre os 10 e 12 anos de idade, cerca de 11,6% já fizeram pelo menos uso experimental do cigarro, de acordo com o estudo realizado pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas).
Fuma-se mais na região Sul (42% dos habitantes da região), sendo Porto Alegre a detentora dos maiores índices conhecidos de câncer de pulmão no país. Embora se fume menos na região Nordeste (31% da população), este percentual é ainda considerado muito alto.
Fonte: [url=http://www.antidrogas.com.br/mostranoticia.php?c=1690&msg=Doen%E7as%20relacionadas%20ao%20cigarro%20matam%20200%20mil%20brasileiros%20por%20ano]Site Antidrogas[/url]