RedePsi - Psicologia

Artigos

Como Escolher Seu Terapeuta

Um TERAPEUTA deve reunir determinadas condições para dar ao cliente a
permissão para mudar; um Pai Crítico positivo potente para fixar limites, um
Pai Nutritivo que dê as permissões necessárias, um Adulto – para lhe dar
informações reais, e uma Criança Livre como modelo para expressar suas
emoções autênticas.

Um terapeuta deve olhar para o rosto dos pacientes e responder suas
perguntas, seja sobre as dificuldades dos mesmos, seja sobre alguns
aspectos de si mesmo. Muitas vezes pergunto aos meus pacientes se
querem saber algo sobre mim. Tudo isto permite um acercamento e um
modelo que a pessoa vai utilizar em suas mudanças.

Passado um tempo de nossa relação terapêutica utilizo um questionário
modificado dos trabalhos de Lazarus que me é sumamente útil e me serve
de feedback sobre meu funcionamento como agente de mudança.
Em continuação anunciamos as perguntas de tal questionário e a forma de
usá-lo.

Na escala de 0 a 4 coloque o número que considere mais adequado para
descrever sua relação com seu terapeuta:

0 – nunca
1 – raramente
2 – algumas vezes
3 – freqüentemente
4 – sempre

01. Sinto-me cômodo com meu terapeuta.
02. Meu terapeuta parece sentir-se confortável comigo.
03. Meu terapeuta é flexível e informal em lugar de rígido e formal.
04. Meu terapeuta me trata como uma pessoa que está
aprendendo novas condutas, não como a um enfermo.
05. Meu terapeuta é aberto a novas idéias.
06. Meu terapeuta tem boa disposição e sentido de humor.
07. Meu terapeuta pode mostrar o que sente por mim.
08. Meu terapeuta admite suas limitações e não pretende
saber coisas que realmente não sabe.
09. O terapeuta admite seus erros em lugar de justificar sua conduta.
10. Meu terapeuta responde diretamente as minhas perguntas
 ao invés de perguntar o que penso eu.
11. Meu terapeuta revela coisas sobre si mesmo espontaneamente
ou em resposta às minhas perguntas.
12. Meu terapeuta me convida a sentir que sou tão bom quanto ele.
13. Meu terapeuta atua como se fosse me consultor, em lugar do
 condutor de minha vida.
14. Meu terapeuta estimula as diferenças de opinião ao invés
 de dizer que são resistências se estou em desacordo com ele.
15. Meu terapeuta se interessa em conhecer as pessoas que
compartilham minha vida: minha família, amigos, companheiros
de trabalho ou qualquer outra pessoa importante para mim.
16. As coisas que o meu terapeuta diz tem sentido para mim.
17. Em geral, meu contato com meu terapeuta aumenta
minha esperança e minha auto-estima.

Contagem final dos pontos.

Não nos sentiríamos bem com um TERAPEUTA que nos desse
uma contagem inferior a 50 pontos. Aconselhamos que não
se trate com um terapeuta cuja contagem esteja abaixo de
40 pontos. O máximo é 68.

Não pense que deva continuar com uma pessoa somente
 por haver começando com ela, ou por fazer muito tempo
que está com ele, ou porque é famosa – pois estão em
jogo seu tempo, seu bem estar e seu dinheiro.
Nossa sugestão é que fale de seus sentimentos em relação
 ao mesmo.  Solicita-se ao paciente que o faça em casa.
Muitos (as) relatam timidez ao fazê-lo, portanto ele deve
saber que é somente uma avaliação costumeira de trabalho.
Podemos, depois da contagem, analisar qualitativamente
(questão por questão) com o paciente (ou treinando),
o que efetivamente fazemos para que o outro responda
 daquele modo. É um aprendizado para ambos.  

Dr. Cecílio Kermann foi co-diretor do Instituto Pivado de
Psicologia Médica Buenos Aires. Este artigo faz parte
do material – 202 (1979). Atualmente seu filho,
Bernardo Kermann é um dos docentes da Universidad Flores,
 Arg. Dr. Cecílio e Dr. Roberto Kertész (reitor da mesma)
trouxeram a Análise Transacional para o Brasil, anos 70.
Noeliza Lima é psicóloga e supervisora de pessoal de Saúde,
Educação e RH. Tel. 19-32322734 / www.geocities.com/noelizalima  

Acesso à Plataforma

Assine a nossa newsletter