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Suicídios entre jovens disparam nos EUA, diz estudo

Os suicídios de crianças e jovens cresceu alarmantes 8% em 2004, ano em que as preocupações com suicídios provocados por antidepressivos foram amplamente divulgadas, disseram pesquisadores do governo federal.
Os suicídios de crianças e jovens cresceu alarmantes 8% em 2004, ano em que as preocupações com suicídios provocados por antidepressivos foram amplamente divulgadas, disseram pesquisadores do governo federal.
As agências reguladoras vão analisar se o aumento pode se dever ao fato de que algumas pessoas pararam de tomar antidepressivos –ironicamente por causa da ligação entre os medicamentos e os pensamentos suicidas.

Em 2004, 4.599 crianças e jovens de 10 a 24 anos tiraram a própria vida, maior aumento em 15 anos. Essa foi a terceira principal causa de mortes nessa faixa etária, segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC na sigla em inglês) dos EUA.

A maior concentração de casos ocorre no grupo das meninas de 10 a 19 anos e meninos de 15 a 19. O maior aumento, de quase 80 por cento, foi no grupo das meninas de 10 a 14 anos, principalmente por enforcamento e sufocação.

"Nossa notícia de hoje é de entristecer", disse Ileana Arias, diretora do Centro Nacional de Prevenção e Controle de Ferimentos, ligado ao CDC.

"Não sabemos ainda se foi um aumento momentâneo ou se é o começo de uma tendência", acrescentou.

Em 2004, o órgão que regula o setor de alimentos e medicamentos nos EUA exigiu que os antidepressivos, consumidos por milhões de norte-americanos, contivessem um alerta tipo "tarja preta" sobre o risco de indução a pensamentos ou atos suicidas em crianças e adolescentes.

Muitos psiquiatras criticaram o alerta, dizendo que eles assustam as pessoas, afastando-as dos tratamentos, o que pode ter contribuído com o aumento dos suicídios nos últimos anos.

"É verdade que a prescrição de antidepressivos em pacientes pediátricos diminuiu, e isso coincide com esse aumento em um ano nos suicídios de adolescentes. Obviamente é uma preocupação para nós," disse Tom Laughren, do órgão regulador, em entrevista coletiva.

Fonte: BOL notícias

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