Intervenção Da Psicologia Na Clínica-escola De Fisioterapia Da Uniararas: Grupo De Afastados E Acidentados Do Trabalho (gat)
Graziely Cristina Oliveira*; Irina Iara Ikemori Centro Universitário Hermínio Ometto – Uniararas Adriana Said Daher Baptista Centro Universitário Hermínio Ometto – Uniararas
O grupo GAT, criado em 2005 pela equipe de Psicologia da Uniararas, surgiu da necessidade de uma assistência à Clínica-escola de Fisioterapia desta mesma faculdade. Os participantes do grupo chegam ao serviço de fisioterapia por meio do encaminhamento prescrito por médicos do Sistema Único de Saúde para que possam recuperar a lesão sofrida. Devido à baixa adesão ao tratamento fisioterápico, a psicologia propôs realizar atendimentos em grupo com estas pessoas afastadas e acidentados do trabalho, promovendo qualidade de vida a essas pessoas através de ponderações das dificuldades apresentadas, da modelação de respostas adequadas, orientações acerca de leis trabalhistas e da saúde, dinâmica nas relações de trabalho, possibilidades de emprego e renda, seus direitos e deveres, de forma a proporcionar acréscimo no repertório comportamental para que possam enfrentar a situação de afastamento, instigando-os a discriminar a função dos seus comportamentos. Atualmente, o grupo é coordenado por três estagiárias da psicologia e é realizado duas vezes por semana, atendendo as disponibilidades dos horários dos pacientes.
No total, participam do grupo aproximadamente quatorze pessoas; no primeiro semestre de 2007, realizaram-se oitenta encontros, considerando que as queixas mais freqüentes foram: doenças ocupacionais e do trabalho decorrentes das tendinites, DORTs, LERs, problemas na coluna e acidentes de percurso no trajeto do serviço para a residência; além de queixas relacionadas ao estigma e rotulação que a sociedade, a empresa, os amigos, até mesmo a família destinam a essas pessoas. Frente a essa situação, a intervenção acontece através da aplicação de técnicas comportamentais e discussões acerca da temática, fazendo com que estas pessoas não se esquivem das contingências aversivas, proporcionando aquisição do repertório comportamental para enfrentarem tais situações, até mesmo generalizando para outros contextos.