Ou Psicologia da Forma (do alemão Gestalt: configuração), foi criada em 1912, com os trabalhos de Wertheimer, Kohler e Koffka. Nos seus primeiros trabalhos, Wertheimer observou que a percepção do movimento de dois estímulos separados (o olho do observador estando imóvel) não correspondia às afirmações de ser composto de uma série de estímulos visuais estáticos. Wertheimer propôs um processo cerebral que inter-relacionava ativamente os dois estímulos. Assim, a idéia de que o todo era mais do que a soma dos integrantes não explica o todo ou pelo menos os mais importantes aspectos do todo, foi novamente dinamizada. Segundo Wertheimer, o todo organizado deveria ser estudado diretamente e a compreensão de sua estrutura tornaria possível a melhor compreensão dos integrantes. Duas leis foram estabelecidas para a psicologia gestáltica: 1) lei do caráter de participação: os elementos (tons de melodia, cores de um quadro) de um dado objeto ou fato (gestalt, forma, entidade, configuração) são definíveis em função do seu relacionamento (participação) dentro do objeto ou fato; 2) lei da Pragnanz ou integridade: as configurações estruturadas (entidades organizadas) quando percebidas, tendem para a "boa figura", a que seja mais ordeira, estável e compreensiva e evitam o oposto dessas qualidades. A primeira função da percepção, no conceito gestáltico, é aprender a ordem e o significado do que existe objetivamente no mundo, e não criar uma configuração própria. As idéias de Wertheimer abrangem os conceitos de percepção e pensamento. O pensamento é, primariamente, a reorganização da experiência numa perspectiva mais cuidadosa do objeto. Os fenômenos afetivos e conativos tornam-se, não funções segmentares e sim incluem a qualidade gestática da totalidade. Os fatores de Wertheimer foram reunidos e atualizados por Woodworth em 1) fatores periféricos (proximidade, similaridade, continuidade e figura fechada); 2) fatores centrais (familiaridade e conjunto); 3. fatores de reforço (partes constituintes, frações e detalhes).