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Diretivas do Pensamento Psicológico Moderno

Introdução

Ao entardecer do século XIX, o materialismo ganhara a feição de um cientificismo romântico, que se acreditava capaz de penetrar a essência mesma da realidade e de fornecer resposta indubitável a todos os problemas da existência. A visão do mundo e o destino do homem passaram a ser então equacionados em termos radicais e categóricos, sob a inspiração do chamado monismo naturalista, doutrina de crescente difusão entre as classes cultas, toda cimentada em concep­ções estritamente deterministas, mecanicistas e evolucionistas da natureza, da vida e da psique.

Batida pela violência das críticas, a Metafísica refugiara-se nos claustros. Convertera-se, assim, como que no último reduto da fé eclesiástica, a cujas portas apenas viriam ainda, porventura, implorar guarida alguns raros espíritos insatis­feitos, tidos em geral por pouco esclarecidos, senão mesmo teimosamente conser­vadores ou reacionários.

Ante o ardor das polêmicas, travadas em linguagem cada vez mais desabrida e contundente, os filósofos se retraíam, atemorizados. E, com isso, como era de esperar, os velhos problemas epistemológicos e ontológicos, à força de tanto serem rechaçados e escarnecidos, com ostensivo desprezo e ironia, começaram a ser paulatinamente esquecidos ou iam sendo postos à margem.

Às afirmações dogmáticas, à certeza ingênua diante das nossas mais pro­fundas dúvidas e dificuldades, vinham aliar-se então o otimismo desmedido, a crença no progresso e no aperfeiçoamento humano, a confiança ilimitada no triunfo da Vida, a esperança inquebrantável na vitória iminente e definitiva dos ideais de liberdade, de paz, de justiça e de solidariedade, que as recentes reivin­dicações dos oprimidos e suas primeiras grandes conquistas sociais já permitiam vaticinar.

Nada, pois, mais natural que advertências graves, de vozes estranhas ou soturnas como, as de Kierkegaard, Nietzsche, Dilthey ou Franz Brentano, ­não encontrassem ouvidos em um "mundo sem segredos", de onde a dúvida fora para sempre expulsa, e onde, certamente, não haveria mais lugar para o Mistério.

Dir-se-ia que tudo, ou quase tudo, estava descoberto. Aguardava-se apenas que, a qualquer instante, as ciências biológicas, já agora, de fato, e como nunca, solidamente fundadas, viessem a apresentar, enfim, para estupefação geral dos céticos, dos retrógrados, dos misoneístas, as provas supremas, decisivas, das verdades tão enfaticamente proclamadas e alardeadas. Parecia, de fato, aproximar-se, rapidamente, a hora de esmagar e pulverizar, de uma vez por todas, quaisquer resquícios de incerteza que, acaso, ousassem subsistir. Certo, dentro em breve, tudo estaria desvendado, finalmente, com a decifração dos "últimos enigmas", ainda pendentes de solução racional.

Preparava-se, no entanto, como é de ver, a grande revolução espiritual, que iria varrer, de um golpe, muitas dessas ilusões, desmentir profecias, sacudir de repente, com o fragor de um violento abalo sísmico, os alicerces deterministas, mecanicistas e evolucionistas, sobre os quais se edificara a cultura ocidental, na segunda metade do século XIX.

É o que se denominou de "crise do século XX", pois veio a deflagrar-se em seu alvorecer. Foi ao findar-se o ano de 1900, e pouco depois, portanto, de Becquerel haver anunciado ao mundo a sua sensacional descoberta da radioati­vidade. Que o então jovem físico alemão, Max Planck, divulga os resultados de suas primeiras investigações no campo da energia radiante, vindo a elaborar então, para explicá-los, a Teoria dos Quanta, concepção, que se tornou um dos pilares da moderna Física.

Tendo verificado que os processos de irradiação da energia se operam, não em fluxo contínuo, como se vinha admitindo, mas sob a forma de porções ou partí­culas, a que dera o nome de quanta (plural latino de quantum), Planck conclui que a quantidade de energia, contida em cada partícula, é suscetível de ser expressa através de uma fórmula matemática prevista: E = hv, em que (v) é a freqüência da radiação e (h) um número pequeníssimo, mas invariável, a "Constante de Planck".

O mais extraordinário, contudo, é que, embora tal fórmula houvesse definido, pela primeira vez, com grande rigor, as leis que regem os fenômenos de radiação e propagação, nada avançava quanto ao conheci­mento do verdadeiro mecanismo, pelo qual se processam aqueles fenômenos.

Antes, pelo contrário, levava a consignar a existência de novos e irremovíveis obstáculos ao conhecimento da realidade. Assim, de acordo com o princípio do quantum de Planck, considerado uma das poucas leis naturais, absolutas e incontroversas, que a Ciência revelou, pode-se apenas prever, com segurança, qual o número de partículas eletrônicas, que se desintegrarão, ao cabo de certo tempo, em uma determinada quantidade de substância radioativa. Mas não será possível dizer quais serão as escolhidas, por que sofrerão tais partículas esse pro­cesso de desintegração, nem como, em que condições exatas e necessárias, isso virá a verificar-se.

Invocava-se aqui, um "princípio de incerteza quântica", no microcosmos. Passara-se a admitir, com isso, um critério de probabilismo na Física Atômica, critério que se contrapunha à rigidez irrecorrível da noção de causalidade, e que vinha assim acometer em cheio a integridade do determinismo, pelo menos naquela acepção universal e inexorável, com que fora formulado por Laplace.

Esse "Princípio de Indeterminação", como Heisenberg o designou, está visto que não tardaria a ser transposto, com o mais interessado açodamento, para outros domínios da realidade imediata, começando por instigar e reacender, no âmbito da Psicologia, a velha querela entre livre-arbítrio e deter­minismo, e acabando por configurar a ameaça de uma completa e substancial subversão dos paradigmas do pensamento científico.

Sustentando que a indeterminação, no comportamento atômico, não está radicada a nenhuma circunstância humanamente superável ou corrigível, pois é qualquer coisa que independe do aperfeiçoamento técnico, ou seja, da aquisição de algum novo método de observação ou mesmo de quaisquer aparelhos e instrumentos que, de futuro, venham a ser criados ou inventados, Heisenberg rendera-se ao ignoramus ignorabimus. A Ciência, enfim, baixara armas, ao de­frontar-se com essa barreira extrema e intransponível da incerteza, em uma capitu­lação definitiva e incondicional, diante do Incognoscível.

Ora, se os fenômenos físicos são indetermináveis e, portanto, imprevisíveis, então não há como negar ao homem o que se concede ao átomo, dizia-se, o que era, sem dúvida, mais um argumento, e de peso, a favor de sua liberdade de discernimento, de escolha e de auto-determinação.

Curioso é relembrar, a esse propósito, que pouco depois de ser conhecida a Teoria de Planck, Ernst Mach, que era até então um dos mais ardorosos defensores do positjvismo na Alemanha, também entrara a transigir com o absolutismo científico, tendo chegado a insinuar que a limitação da Ciência ao que é dado aos sentidos não obriga, afinal, a que se renuncie à especulação transcendente. Tamanha indulgência era, no caso, tanto mais estranhável, quanto provinha justamente de quem sempre batalhara, com severidade, pela eliminação da Metafísica de toda e qualquer cogitação de ordem científica. Tão grande era o repúdio que votava a essa matéria, que fora a ponto de querer excluir da Ciência o objetivo da indagação causal dos fenômenos, e de atribuir-lhe a única função de registrar e catalogar os resultados da observação empírica, apesar de, com isso, reduzi-Ia a nada mais que a uma simples descrição, sistemática e econômica, de fatos particulares.

Também na França, e quase simultaneamente, o matemático Henri Poin­caré, analisando, com sua notável agudeza, de um lado, os conteúdos factuais e hipotéticos, de que são feitas as ciências, e de outro, o que há de relativo e problemático no conjunto de definições e postulados que representam a sua estrutura lógico-formal, vem a reconhecer o valor meramente heurístico das teorias científicas.

Surge, finalmente, em 1905, Albert Einstein, que contava então 26 anos de idade e que, em um pequeno artigo inaugural, assenta os fundamentos de sua Teoria da Relatividade Especial, autêntica revolução no mundo da Física e da Filosofia.

Refundindo largamente os princípios da Mecânica newtoniana, que o malo­gro da teoria do éter, após os experimentos de Michelson e Morley fazia periclitar, Einstein não somente vinha esclarecer um sem número de pontos obscuros da Física e da Mecânica Celeste, favorecendo com isso uma infinidade de descobertas, de imenso alcance teórico-prático para a nossa era, como também não vacilara em afirmar que é função da Ciência tentar desvendar a estrutura do universo e que a "Ciência é, em si mesma, metafísica", proposições com que pretendia denunciar, evidentemente, toda a multidão de problemas filosó­ficos implícitos, ou a que o conhecimento científico tende fatalmente a con­duzir.

O mundo entrara em perplexidade. Aberta a primeira brecha, iniciada a erosão do terreno, logo começa a des­moronar a enorme muralha divisória entre os dois grandes domínios do conhecimento sistemático. E aquele universo mecânico, herança do século XIX, construído à base das descobertas de Galileu e de Newton, todo feito de forças materiais e massas concretas, gravitando no éter, em perfeita harmonia funcional, parece prestes a desfazer-se, sob a avalanche das novas correntes ­neo-vitalistas, introspeccionistas e irracionalistas, que apenas estavam repre­sadas, e agora invadem o livre campo das idéias.

"Estou apto a provar, afirmara Leibniz em sua refutação a Locke, mais de duzentos anos antes de Einstein, que não somente a luz, a cor, o calor e outras coisas semelhantes, mas também o movimento, a forma e a extensão não passam de qualidades aparentes."

E já na geração seguinte, acrescentara Berkeley na mesma direção, que "todos os corpos, formadores da poderosa estrutura do mundo, não possuem qualquer substância, senão a que lhes dê o espírito."

Com o advento da Relatividade, tais concepções retornam à cena e atingem inesperadamente o clímax.

Apoiando-se nos princípios da "mecânica quântica", que endossa e aplica gene­ralizadamente ao mundo físico – e valendo-se ainda, posteriormente, das importan­tíssimas descobertas de De Broglie e Schrödinger sobre o que se conhece por "mecânica ondulatória", e, em particular, das não menos famosas "leis da trans­formação" e das "contrações" de Lorentz-Fritzgerald – Einstein estende suas reflexões e deduções a limites lógicos extremos e vem a revelar então verdades novas e espantosas, sobre a estrutura desse universo material, que supúnhamos conhecer.

Sabe-se hoje, graças à Teoria da Relatividade, que não somente os conceitos de cor, forma, tamanho, mas também os de posição e movimento carecem de objetividade a priori. Espaço e tempo não se definem em si e por si. São simples modos de intuição da consciência. Não possuem existência própria, dentro da realidade neutra, pois em verdade, só podem ser concebidos, em função, respectivamente, do arranjo dos objetos, que nele nos são dados, e da sucessão de eventos, pela qual aferimos a ordem cronológica.

A própria matéria em si inexiste como tal, fato de que, hoje em dia, não há quem se atreva a discutir. É a matéria, em essência, nada mais que energia condensada, conforme o enunciado que resulta da equação einsteiniana: E = mc2. Donde se infere que o valor da massa (m) é igual ao da energia (E) multiplicado pelo quadrado da velocidade da luz (c). Com isso, como é de ver, perde todo o sentido, atualmente, a preocu­pação secular de querer distinguir matéria de energia, porquanto uma e outra não passam, afinal, de estados temporários de uma única realidade fundamental.

Buscando penetrar mais fundamente essa realidade básica e fazendo avançar mais longe ainda as suas ilações, Einstein vem a conceber então o universo como um "contínuo quadridimensional espaço-tempo, arcabouço do que denomina, Teoria da Relatividade Geral. A partir desse momento, e cada vez mais incentivado pelas sucessivas confirmações de seus postulados, sempre que postos à prova, tanto no âmbito da Astronomia, como no terreno da Física Nuclear, Einstein aplica-se, com tenacidade, ao estudo das duas grandes forças primaciais que regem o universo material, e de que derivam, a seu ver, todos os fenômenos da natureza: a gravitação e o eletromagnetismo.

Aspirava com isso propor­cionar uma visão geral do cosmos, que abrangesse, simultaneamente, os eventos que transcorrem na complexa intimidade do átomo e os que se passam nas imensidades do espaço e do tempo siderais. Queria, em suma, exprimir, através de fórmulas matemáticas puras, o conjunto de leis que governam, unitariamente, o micro e o macrocosmos. É o que denominara Teoria do Campo Unificado, concepção que não chegou a completar.

Estabelecera, entretanto, toda uma série de premissas teóricas, de inapreciável importância, concernentes às leis gravitacionais e eletromagnéticas, muitas das quais em flagrante desacordo com os velhos conceitos newtonianos, premissas que, aplicadas a problemas astronômicos, cosmológicos, meteorológicos, permitiram descobrir a interpretar um sem número de fenômenos da dinâmica celeste, até então desconhecidos e impossíveis de explicar, à luz das concepções científicas tradicionais.

Bem se pode imaginar o efeito das inferências de Einstein, quanto, por exemplo, à inexistência do movimento absoluto, ou digamos, acerca da arquitetura não-euclidiana do universo. Mas, ainda mais estarrecedoras, dentre todas, terão sido,  por sua significação e transcendência, as conclusões a que foi levado, referentes à curvatura geral do seu "contínuo quadridimensio­nal espaço-tempo", o que arrastava o corolário de que o espaço é finito, embora ilimitado, e de que o Universo é curvo e tende para um fim.

Nada surpreende, diante disso, que se tenha voltado então a aceitar, com Hans Driesch, o caráter próprio, específico, do ser vivo, e a admitir, por conseguinte, uma autonomia da Vida, regida por princípio teleológico, ou de finalidade, inerente a todo o reino orgânico (neo-vitalismo).

Ressurge a Metafísica "realista" de Brentano, e com ela, o moderno subjetivismo introspeccionista. Henri Bergson declara guerra aberta ao inte­lectualismo racionalista. E valorizando a intuição, como forma de conhecimento, quer retirar do mundo o atributo da racionalidade, que busca reduzir, a uma simples categoria do espírito. Kierkegaard e Nietzsche são exumados. Dilthey, que com tanto empenho se esforçara por levar às categorias históricas o pensamento especulativo, vem a ser redescoberto, e suas idéias passam a demarcar o início de todo um novo ciclo evolutivo no panorama da Psicologia contemporânea. Husserl, procurando a princípio, restaurar o valor da Lógica como disciplina filosófica, é conduzido, no curso de suas investigações, à criação do método fenomenológico, de profunda repercussão na esfera da Psicopatologia, Max Scheler reforma a Ética, e Martin Heidegger funda a moderna Ontologia Existencial.

Completando, enfim, toda a riqueza e variedade dessas poderosas forças espirituais que iluminaram amplamente o ambiente cultural da primeira metade do século XX, não tardaram a irromper, novas versões, daquelas antigas correntes de pensamento, predominantes em diferentes épocas do passado, e agora, representadas, simultaneamente, pelos neo­-tomistas, a exemplo de O. WilImann, J. Maritain, pelos neo-realistas Whitehead e Bertrand Russell, e até pelos neo-positivistas, à maneira de Wittgenstein, Reichenbach e tantos outros.

É de crer que a esta altura, passada a febre das extrapolações desautori­zadas, dos excessos e generalizações desmesuradas ou abusivas, já estejamos habilitados a apreciar, menos imperfeitamente, que nas primeiras décadas do século XX, o justo alcance das aquisições mencionadas e, portanto, em condições de poder avaliar, com isenção, o verda­deiro significado das transformações operadas no pensamento científico e filosófico do nosso tempo.

Ruíra o mecanicismo absolutista, e, com ele, a idéia de um universo sem princípio  nem fim, constituído de corpos materiais em perfeito movimento, incrustados em um espaço imóvel e infinito, tudo obedecendo docilmente às leis imutáve­is da gravitação e da inércia, e funcionando com a mais impecável precisão e suavidade, dentro da seqüência irreversível da relação causa-efeito. Por isso, o determinismo radical, sustentáculo dessa concepção, deixou de reinar na natureza, com a onipotência e a infalibilidade que lhe eram atribuídas.

Isso, porém, não quer dizer que o determinismo estivesse inteiramente falido, ou que a causalidade houvesse sido posta por terra. Fora ele, apenas destituído da posse de seu antigo império, tendo que recuar à condição, que realmente lhe cabe, de simples "hipótese-de­-trabalho".

Em conseqüência, impunha-se, doravante, a necessidade de se proceder a uma profunda e mais cautelosa revisão da quase totalidade dos nossos conhecimentos, muitos dos quais era mister também recon­siderar e reformular, em termos de probabilidade e estatística. Havia que aceitar, um limite de incerteza. Até porque, força é reconhecê-lo, ignoramos as causas primeiras. E assim, não é impossível, em princípio, que muitas das relações causais, supostamente conhecidas, acabem, um dia, por se desvanecer, ou venham a ser então substituídas.

De qualquer modo, reconhece-se que isso é coisa bem diversa da que de início se propalou, através de insinuações mais ou menos tendenciosas ou inexatas, sobre a falibilidade e rendição da Ciência, cujas revelações não passariam afinal, de "verdades transitórias", e até mesmo sobre o abandono da experimentação, que apenas nos poderia oferecer visões parciais e aproxi­madas da realidade.

Ao revés, é lícito afirmar que o determinismo foi e continua a ser esquema indispensável ao trabalho experimental, representando, por isso mesmo, hipótese utilíssima ao desenvolvimento da Ciência. Vale recordar que, por mais de uma vez, o próprio Einstein veio a manifestar sua crença em um "universo lógico".

"Não posso acreditar que Deus jogue dados com o mundo", dissera ele. E não raro, chegara mesmo a exteriorizar sua esperança de que a indagação científica e a reflexão filosófica possam levar o homem, algum dia, ao conhecimento da realidade última.

O mais significativo, entretanto, é que também o próprio Planck tenha vindo, mais tarde, a condenar a precipitação dos que, com apoio em seus achados e conjecturas, logo se puseram a negar, terminantemente, a existência de toda certeza, a que qualifica de "erro grosseiro e pernicioso". Mes­mo porque, escreve ainda Planck, "isso excluiria da Física o conceito de necessidade absoluta e, conseqüentemente, as leis dinâmicas, estritamente causais, a que se devem os maiores progressos da atomística".

Seja como for, a verdade é que todo esse magnífico e surpreendente reflo­rescimento do espírito filosófico, a que temos assistido, em nada comprometeu o coetâneo aperfeiçoamento do saber científico e tecnológico, como bem o demonstram todas as grandes conquistas, invenções e descobertas do século XX. Antes, pelo contrário. Em sua, luta diuturna, ingente e silenciosa para a compreensão da realidade, o avanço da Ciência, nestes últimos sessenta anos, processou-se, de fato, em escala inconfrontável e em ritmo sem paralelo com a de nenhum outro período da História da Humanidade.

Essa simples verificação será mais que suficiente, sem dúvida, para justi­ficar a necessidade de voltarmos as nossas vistas para o que concerne às fronteiras e conexões, existentes entre esses dois grandes campos do conhe­cimento sistemático, a Ciência e a Filosofia.


Notas:

  1. Este artigo se complementa com o artigo de Coluna "Ciência e Filosofia".
  2. A bibliografia, como sempre, está à disposição dos interessados.

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