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patologia

Patologia é definida como o estudo da doença com a finalidade tanto de compreender sua causa como aplicar esse conhe­cimento ao tratamento de pacientes. Muito embora a preocupação de toda a vida de Jung fosse com a patologia, após os anos iniciais como jovem psiquiatra e psicanalista, dava menos importância para a de­finição dos chamados estados patológicos e já não mais confiava no modelo médico que excluía suas próprias observações e conclusões em­píricas. Via distintas diferenças entre uma abordagem médica e uma abordagem psicoterapêutica da patologia, mesmo apesar de considerar a psicoterapia como uma das disciplinas médicas. Precisamente porque as técnicas da análise abrem portas que de outra forma fica­riam hermeticamente fechadas na pessoa e, mediante isso, por poderem revelar uma doença latente, é que ele insistia que os analistas leigos trabalhassem em colaboração com médicos.

Em 1945, em uma conferência feita ao Conselho da Academia Suíça de Ciência Médica, Jung chamou a atenção de seus colegas médicos para diferenças entre o médico e o psicoterapeuta em suas abordagens da patologia. Enquanto o médico age para tratar uma patologia, o psicoterapeuta deve ter em mente que a psique doente afeta o todo do homem. Portanto, embora um diagnóstico seja de importância primordial para o médico praticante, pode provar ser de valor relativamente pequeno para o psicoterapeuta. Do mesmo modo, no que concerne à psiconeurose, um histórico completo é quase impossível de se coligir, uma vez que os fatores que contribuem para a situação são originalmente inconscientes para o paciente e muitas vezes ocultados do terapeuta. Finalmente, antes de atacar o sintoma, a psicoterapia tem de ser conduzida psicologicamente; isto é, atenta às imagens psíquicas que se localizam na raiz dos distúrbios. Quando tais imagens são inadmissíveis, tanto para a pessoa como para a sociedade, podem ser consideradas como disfarçando-se em doenças.

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