As primeiras formulações psicológicas de Jung precisam ser julgadas em relação e como reação a teorias desenvolvidas por seus colegas pioneiros e colegas mais íntimos no campo da psicoterapia, e também como produtos de seus próprios discernimentos criativos. Os mais notáveis entre aqueles com quem estabelecia diálogo eram Alfred Adler e Freud. A obra de Adler estava especificamente baseada na vontade de poder como um princípio motivador do comportamento humano e, em certa ocasião, Jung categoricamente afirmou que via a obra daqueles dois como edificada na premissa de que o homem se lança à frente e se afirma através de uma vontade de ser bem-sucedido ou estar por cima. Ocasionalmente, fazia objeção a isso como um ponto de vista limitado, excessivamente "masculino" e incompleto. Estava convencido de que, lado a lado com outras imagens arquetípicas, também existe uma imagem de Deus na psique do homem, e considerava prioritário o anseio de preenchimento ou "o instinto para a totalidade". As palavras que usava em resposta a Adler são expressivas de sua própria orientação religiosa. Dizia que achava a insistência de Adler na vontade de poder, do homem, como uma força instintiva, uma aceitação da "inferioridade moral" do homem.
Jung não nega que a vontade de poder (isto é, o desejo de subordinar todas as outras influências ao ego) é um instinto.
Nem a via realmente como puramente negativa. Ela é um fator determinante no desenvolvimento da cultura. Do mesmo modo, sem ela o homem não teria incentivo para construir um ego suficientemente forte para resistir ou às vicissitudes da própria vida externa, ou, mais particularmente, a confrontos com o self em sua própria personalidade.
Conceitualmente, Jung considerava o poder como equivalente à idéia de alma, espírito, demônio, religiosidade, saúde, força, mana, fertilidade, magia, prestígio, clínica, influência – uma forma de energia psíquica. Falava dos arquétipos como "centros autônomos de poder". Via no arquétipo não somente uma disposição imediata de reproduzir similares de idéias míticas, mas também um depósito de poder, isto é, "energia determinante".
Jung definia o complexo de poder como a soma de todas aquelas energias, tendências e idéias visando à aquisição de poder pessoal. Quando domina a personalidade, todas as outras influências ficam subordinadas ao ego, quer sejam influências provenientes de outras pessoas e condições externas, quer originárias dos próprios impulsos da pessoa, de seus pensamentos e sentimentos. Porém, alguém pode ter poder sem ser dirigido pelo poder ou vítima de um complexo. Um aumento na capacidade consciente de usar o poder é um dos objetivos da psicoterapia.