É a Fenomenologia clínica.
Karl Jaspers foi convidado para escrever uma Psicopatologia contemporânea – isto em 1911. Na clínica do doente mental já vinha se usando o método clínico-descritivo, iniciativa do próprio Jaspers, mais ou menos nos moldes da Fenomenologia filosófica. Usar seu sistema sensitivo-sensorial e descrever, sem julgamentos, o que estava acontecendo diante de si.
Entretanto, fazer Fenomenologia ao se descrever uma pedra, ou uma árvore, um animal ou um automóvel é bem diferente do que se tentar registrar algo de um ser humano. Há muito a ser captado.
Jaspers acrescentou à Fenomenologia Clássica como método filosófico, a Compreensão, como método clínico. Dois tipos dela:
Este método foi chamado por Jaspers de compreensivo-fenomenológico, onde buscamos nos despir de pré-julgamentos, pré-juízos ou teorias prévias sistematizadas que costumam se interpor entre nós e o examinando, turvando-nos a visão. Assim feito, estaremos sempre atentos à realidade singular de quem nos procura, no aqui e agora, e ao significado que ele dá às suas queixas, que são por nós apreendidas, e não apenas tomadas com uma simples descrição clínica de quadros já conhecidos, o que uma câmara digital faria melhor que qualquer um de nós. A obra Psicopatologia Geral de Jaspers foi publicada em 1913 e é absolutamente atual até hoje.