A transferência pode ser positiva (libidinal). É observada quando o paciente transfere harmoniosamente o material reprimido para o analista. Entretanto, o material pode ser rejeitado pelo ego ou pelo superego, ou seja, há resistência ao aparecimento do material na consciência, e, em conseqüência, poderá ser mantido no inconsciente; o paciente fornece uma pista indireta mantendo silêncio sobre o tópico em questão. Ou o material pode ser projetado no analista, aparecendo então como algo indesejável supostamente possuído pelo médico. O material reprimido pode retornar à consciência em uma das muitas formas conhecidas, mas somente quando constitui um conflito entre o paciente e o analista é que se emprega a expressão resistência à transferência. A resistência faz surgir a transferência negativa, uma animosidade ou oposição ao analista.