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Dicionário

BALINT, Michaël (1896-1970)

Nascido em 1896 em Budapeste, onde seu pai era médico, Balint fez simultaneamente es­tudos de medicina e de bioquímica, antes de começar em Berlim, a partir de 1921, uma análise com Hans Sachs, formação que ter­minou com Ferenczi logo que voltou a Budapeste em 1924. Membro da Sociedade Psicanalítica da cidade no ano seguinte, su­cedeu em 1933 a Ferenczi na direção do Instituto de Psicanálise e da policlínica anexa. Em 1939, o aumento do anti-semitis­mo na Hungria o levou a emigrar para a In­glaterra. Fixou-se inicialmente em Manches­ter, onde obteve um diploma de psicologia, que lhe permitiu exercer a profissão. Ins­talou-se então em Londres, participou ativa­mente da vida da Sociedade Britânica de Psi­canálise, e, a partir de 1948 até a aposentado­ria, em 1961, trabalhou no Instituto de Re­lações Humanas da Clínica Tavistock. Mor­reu a 31 de dezembro de 1970.

Se Balint consagrou uma parte de sua obra à psiquiatria da criança, é conhecido, princi­palmente, por seus estudos originais sobre as relações psicológicas privilegiadas que se instauram entre o médico, o paciente e os sintomas mórbidos. Foi o criador de grupos de estudo destinados aos médicos generalis­tas, permitindo a todos comparar e discutir as suas experiências e suas dificuldades refe­rentes a observações clínicas concretas. O conteúdo dessas análises de casos foi regis­trado em uma obra que teve grande difusão, "O médico, seu paciente e a doença". Publicada em 1956, suscitou a criação, pelo mundo, de grande número de Grupos Balint, sob a ins­piração do seu "inventor" e de sua segunda mulher, Enid Balint.

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