Tem-se poucas referências sobre a vida de Barthet: americano de provável origem francesa, viveu em Nova Orleans entre 1840 e 1850, esteve em Bruxelas em 1848, deixou os Estados Unidos no momento da Guerra de Secessão e morreu em 1863 em Paris.
O interesse desse personagem reside no papel que ele desempenhou na Société du Magnétisme de Ia Nouvelle-Orléans (que tinha esse título francês), da qual foi presidente, e nas relações que manteve com o barão Dupotet. A comunidade intelectual de Nova Orleans estava então dividida em função da língua: desde 1819, coexistiam, por exemplo, uma Société Médicale e uma Physico-Medical Society. A Société Magnétique, exclusivamente de língua francesa, que agrupava (em 1848) 70 membros, dos quais dois médicos e dois cirurgiões-dentistas, celebrava todos os anos, no dia 15 de março, a "festa de Mesmer", e todas as semanas era realizada uma sessão em que se apresentava um doente tratado pelo mesmerismo (o termo hipnotismo, lançado por Braid em 1843, ainda não era usado). Havia também uma livraria especializada e cursos práticos. Dupotet, em seu Joumal du Magnétisme, prestaria homenagem, em 1850, a Joseph Barthet, ativo presidente da sociedade que teve mais sucesso entre todas as que se criaram fora de Paris para a propagação do magnetismo.