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Dicionário

BIANCHI, Leonardo (1848-1927)

Originário de Benevento, Bianchi estudou em Nápoles. Familiarizou-se com os proble­mas neuropsiquiátricos no Hospital R.-AI­bergo de Poveri, antes de tornar-se, em 1881, adjunto do professor Buonomo, diretor do manicômio regional. Sucedeu-lhe em 1890, na cátedra de neuropatologia e psiquiatria. Decano da Faculdade de Medicina, seria elei­to por duas vezes reitor da Universidade de Nápoles.

Bianchi foi simultaneamente neurologista e psiquiatra. Autor de um Tratado de psiquia­tria (1905), interessou-se principalmente pe­las relações existentes entre o psiquismo e as funções nervosas superiores. Devemos-lhe a descrição da síndrome profunda do lobo pa­rietal esquerdo (Síndrome de Bianchi), que associa um estado de aspecto demencial passageiro e distúrbios neurológicos com­plexos.

Mas, paralelamente à sua carreira médica, manteve uma carreira política. Deputado da esquerda republicana em 1892 e de 1897 a 1919, senador em 1919, preocupou-se com os grandes problemas médico-sociais: impa­ludismo, alcoolismo, prostituição, reforma do sistema penitenciário, profilaxia das doenças mentais e nervosas. Tornando-se em 1905 ministro da Instrução Pública, criou cátedras de psicologia experimental em Ro­ma, Nápoles e Turim, e uma cátedra de an­tropologia criminal em Turim, destinada a Lombroso. Suas atividades parlamentares não o impediram de publicar nas revistas especializadas: "A fadiga cerebral" (190.8), "A obra de Lombroso, a delinqüência e nossa legislação" (1910), "O alcoolismo na Itália" (1916).

Morreu em Nápoles a 13 de fevereiro de 1927.

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