O conde de Broutet nasceu em Avignon, em uma família que já produzira vários administradores das instituições beneficentes da cidade. Ele mesmo seria administrador e benfeitor testamentário do Hospital Geral e administrador do serviço de penhores, mas foi principalmente na dupla qualidade de primeiro reitor da confraria dos Penitentes Negros da Misericórdia, dedicada, entre outras tarefas, ao acolhimento e à subsistência dos doentes mentais, e de administrador do Hospital de Alienados fundado por essa confraria em 1681, que ele teria um papel importante, que a revolução quase interrompeu. Nobre, rico e conseqüentemente suspeito, condenado à morte pelo Tribunal Revolucionário de Orange, só foi salvo in extremis pelo anúncio tardio, a 17 de termidor, da queda de Robespierre.
Retomou suas funções e em 1797 publicou uma Monografia referente aos cuidados morais para os insensatos do Hospício de Avignon, destinado a defender a especificidade e as verbas próprias a esse estabelecimento, que o prefeito queria assimilar aos outros hospitais da comuna. Essa monografia seria premiada pelo Ateneu das Artes de Paris, provocando a indignação de Pussin, que proclamava a sua anterioridade na matéria. Em 1813, de Broutet editou e difundiu anonimamente A ciência da saúde, seja moral, seja física, espécie de compêndio terapêutico que dava grande aplicação ao "tratamento moral" e às práticas "institucionais".
Morreria em sua cidade natal, a 3 de novembro de 1817. Sua filosofia humanista, seus escritos, sua ação "no campo", o situam, assim como Daquin, seu exato contemporâneo, entre os inovadores deliberadamente ignorados por Pinel.