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Dicionário

BROUTET, Guillaume-Joseph-Véran de (1739-1817)

O conde de Broutet nasceu em Avignon, em uma família que já produzira vários adminis­tradores das instituições beneficentes da ci­dade. Ele mesmo seria administrador e ben­feitor testamentário do Hospital Geral e administrador do serviço de penhores, mas foi principalmente na dupla qualidade de pri­meiro reitor da confraria dos Penitentes Ne­gros da Misericórdia, dedicada, entre outras tarefas, ao acolhimento e à subsistência dos doentes mentais, e de administrador do Hos­pital de Alienados fundado por essa confraria em 1681, que ele teria um papel importante, que a revolução quase interrompeu. Nobre, rico e conseqüentemente suspeito, con­denado à morte pelo Tribunal Revolucioná­rio de Orange, só foi salvo in extremis pelo anúncio tardio, a 17 de termidor, da queda de Robespierre.

Retomou suas funções e em 1797 publi­cou uma Monografia referente aos cuidados morais para os insensatos do Hospício de Avignon, destinado a defender a especificida­de e as verbas próprias a esse estabelecimen­to, que o prefeito queria assimilar aos outros hospitais da comuna. Essa monografia seria premiada pelo Ateneu das Artes de Paris, provocando a indignação de Pussin, que proclamava a sua anterioridade na matéria. Em 1813, de Broutet editou e difundiu anonimamente A ciência da saúde, seja moral, seja física, espécie de compêndio terapêutico que dava grande aplicação ao "tratamento moral" e às práticas "institucionais".

Morreria em sua cidade natal, a 3 de no­vembro de 1817. Sua filosofia humanista, seus escritos, sua ação "no campo", o situam, assim como Daquin, seu exato contemporâ­neo, entre os inovadores deliberadamente ignorados por Pinel.

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