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Dicionário

MARIE, Auguste-Armand (1865-1934)

Originário de Voirin (Isère), Auguste Marie começou a estudar direito e medicina em Grenoble, em 1885, mas, admitido em 1888 na residência dos Asiles de Ia Seine, foi em Paris que, em 1890, defendeu sua tese sobre os sinais oculares da paralisia geral. Médico-­chefe em Villejuif em 1900, ferido na cabeça durante a Grande Guerra e desmobilizado, sucedeu a Magnan no setor de admissões do Hospital Sainte-Anne, onde ficou até a sua aposentadoria em 1930. Morreu a 20 de julho de 1934.

Seus centros de interesse foram muito di­versificados: de 1910 a 1912, dirigiu a publi­cação dos três tomos de um volumoso Trata­do internacional de psicologia patológica e publicou em 1928 um livro sobre A psicaná­lise e os novos métodos de investigação do inconsciente. Apaixonado pela produção ar­tística dos doentes mentais, organizou em Sainte-Anne exposições sobre esse tema, ao qual dedicou várias publicações desde os anos 1910.

Fundador de uma sociedade de amparo aos pacientes egressos dos asilos, foi também o primeiro na França a aplicar a malariotera­pia de Wagner von Jauregg. Mas é conhe­cido principalmente como um apóstolo da assistência familiar aos doentes mentais. Em 1892, obteve do Ministério do Interior a auto­rização, para o departamento do Sena, de realizar a tentativa de uma colônia familiar, segundo o modelo de Gheel e do boarding-­out-system escocês. Assim, foi criado em Dun/Auron, perto de Bourges, um centro on­de seriam acolhidos em famílias hospedeiras pacientes estabilizados, mas incapazes de au­tonomia social, prelúdio à abertura, dez anos depois, de Ainay-le-Château (Allier) e pos­teriormente de Chezal-Benoït (Cher).

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