Adler aplica este termo à "linguagem somática" (sintomas) que o neurótico usa para expressar um protesto masculino. Segundo Adler, a consciência do ego, na criança, está em conflito com os fatos do seu meio ambiente. Assim, a criança deseja ser grande e poderosa, mas na realidade é pequena e fraca. Por conseguinte, ela constrói todas as suas atitudes agressivas de modo a constituírem uma só atitude de protesto masculino contra os sintomas de fraqueza (feminilidade), como ternura, subordinação e, o que é mais importante, as manifestações de inferioridade orgânica. Contudo, a criança com predisposição neurótica esforça-se, além disso, por adquirir uma arma eficaz, associando à sua inferioridade orgânica aqueles traços de caráter que se originaram em sua consciência de ego – isto é, obstinação, necessidade de afeição, limpeza exagerada, pedantismo, cobiça, avareza, ambição etc. Assim, para granjear atenção e afeição, um epilético psicogênico conseguiu que a maioria de seus "ataques" fossem precedidos de obstipação, preocupando assim a família tudo isso para neutralizar a sua degradação. Deste modo, o protesto masculino usa, para se expressar, uma linguagem somática ou jargão orgânico. Como expressou num sonho um dos pacientes de Adler, "a minha doença tem origem no meu sentimento de inferioridade".