Limite; fronteira; obstrução; separação. Em psicopatologia, a palavra é geralmente usada em três contextos:
(1) o neurofisiológico, em referência à obstrução funcional do livre fluxo dos constituintes do sangue para o cérebro (barreira hemoliquórica);
(2) o interpessoal, em referência a uma capacidade ausente ou defeituosa para formar relações adequadas com pessoas – a barreira esquizofrênica é considerada, assim, um tipo de comportamento autista baseado num defeito do ego, embora essa expressão seja ocasionalmente usada para designar uma falta de relacionamento entre partes internas diferentes da personalidade do esquizofrênico; e
(3) nos testes projetivos, quando uma resposta de barreira é usada para indicar uma resposta que enfatiza a periferia de um percepto e destaca a fronteira (por exemplo, "uma tartaruga com couraça", "o homem na armadura"). As respostas que enfatizam permeabilidade e fraqueza (por exemplo, "uma ferida aberta", "um tapete rasgado") são chamadas respostas de penetração. Os pacientes esquizofrênicos tendem a apresentar menos respostas de barreira e mais respostas de penetração do que os neuróticos ou "normais".