Uma globulina-alfa que contém quase todo o cobre (Cu) do soro sangüíneo. Entre outros substratos, a ceruloplasmina atua sobre a serotonina e a norepinefrina. A ceruloplasmina tende a ser elevada em muitas doenças crônicas; tende a não ser elevada na esquizofrenia crônica, embora seja freqüentemente elevada na esquizofrenia aguda. As razões para tal elevação são desconhecidas, mas foi sugerido que, na esquizofrenia, forma-se uma ceruloplasmina anormal (a taraxeína) através de um erro metabólico e que essa ceruloplasmina anormal não consegue neutralizar certos metabólitos nocivos que ocorrem naturalmente, como a adrenoxina e a adrenolutina. Outros autores formularam a hipótese de que a ceruloplasmina é elevada na esquizofrenia aguda para compensar a taraxeína, substância estreitamente ligada à ceruloplasmina e que teria sido encontrada no soro do esquizofrênico. A taraxeína pode produzir sintomas esquizofrênicos ao reduzir a resistência da barreira hemoliquórica a várias substâncias potencialmente tóxicas, as quais podem então atacar certas porções do cérebro (especialmente a região septal ou o lobo límbico). De acordo com esta hipótese, a taraxeína e/ou as substâncias tóxicas podem ser um resultado de um erro metabólico geneticamente determinado.
Relacionam-se com o aumento de ceruloplasmina na esquizofrenia: (1) oxidação mais rápida da adrenalina pelo soro de esquizofrênico, e (2) o teste de Akerfeldt, isto é, a oxidação mais rápida da N-N-dimetilparafenilina diamina pelo soro de esquizofrênico.
A vitamina C antagoniza a ceruloplasmina e alguns pesquisadores refutam ambas as hipóteses acima, afirmando que as oxidações mais rápidas e o relativo recrudescimento em ceruloplasmina que foram observados refletem apenas uma deficiência de vitamina C induzida por inadequações dietéticas em longas internações hospitalares.