Existem duas classificações principais da produção de chiste. "O chiste verbal e o chiste intelectual, por um lado, e o chiste abstrato e o tendencioso, por outro, não têm entre si qualquer relação de influência. Trata-se de duas divisões inteiramente independentes da produção de chistes."
Quando "o chiste não tem nenhuma outra finalidade, isto é, quando se trata de um chiste pelo chiste", é chamado abstrato ou inofensivo. Freud cita um exemplo de Lichtenberg: "Janeiro é o mês em que fazemos votos pela prosperidade de nossos amigos, e os meses restantes são aqueles em que vemos como esses votos não se cumprem."
O chiste pode servir a qualquer propósito; pode ter um significado profundo; pode ser tendencioso; quando é este o caso, Freud fala de tendência do chiste. "Possibilita a satisfação de um anseio (licencioso ou hostil), apesar do obstáculo que se apresenta no caminho: esquiva-se ao obstáculo e, assim, deriva o prazer de uma fonte que era inacessível em virtude desse obstáculo."