Impulso mórbido para roubar; roubo patológico; roubo "sem sentido", no qual os objetos não são tomados pela sua utilidade imediata ou por seu valor monetário, e são, freqüentemente, devolvidos sub-repticiamente, dados a outras pessoas ou jogados fora. Do ponto de vista psicanalítico, acredita-se que o furto obsessivo tem suas origens no período de sexualidade infantil. O ladrão rouba objetos que possuem para ele (ou deveríamos dizer ela, pois o furto é considerado por Staub um problema essencialmente feminino) valor libidinal. Sustenta-se que o roubo tem suas raízes na inveja do pênis. Quando se rouba de alguém numa posição superior, diz-se que o roubo remonta à inveja do pênis original e à castração ativa do superior (pai).
Abraham e Alexander acreditam que o motivo para roubar surge na fase de amamentação, quando a mãe se recusa a dar o seio à criança. Abraham também sustenta que os ladrões obsessivos são pessoas que foram emocionalmente famintas durante o período de infância; elas tornam-se anti-sociais, porque não foram amadas. O dano feito ao narcisismo dá origem à vingança.
Diz Adler: "Mentiras, furtos e outros crimes cometidos por crianças são, manifestamente, tentativas de ampliar, desse modo, os limites do poder" [isto é, de adquirir superioridade].