Idéia, emoção ou impulso que, repetida e insistentemente, se impõe à consciência, embora seja indesejável. Uma obsessão pode ser considerada essencialmente normal quando não interfere de modo substancial com o pensamento ou outras funções mentais; tal obsessão é efêmera e pode geralmente ser minimizada ou anulada desviando-se a atenção para outros assuntos.
As obsessões mórbidas ou patológicas, em contrapartida, tendem a ser duradouras e podem constituir um embaraço interminável para o funcionamento mental; estão escassamente sujeitas ao controle consciente e forçam a pessoa a todo tipo de manobras em sua vã tentativa de livrar-se dos pensamentos obessivos.
Mais comumente, as obsessões apresentam-se como idéias, ou imagens sensoriais, intensamente carregadas de emoções:
(1) obsessões intelectuais, muitas vezes sob forma de preocupação com questões metafísicas quanto a objetivos da pessoa na vida, seu destino final, vida após a morte etc.;
(2) obsessões inibidoras, na forma de dúvidas ou escrúpulos quanto a determinadas ações, ou múltiplas fobias que podem paralisar toda a atividade;
(3) obsessões impulsivas, que são idéias repetidamente importunas que levam à ação (por exemplo, aritmomania, cleptomania e outras manias).
Menos comumente, as obsessões apresentam-se como sentimento não acompanhados de idéias nítidas, tais como ansiedade ou pânico, sensações de irrealidade ou despersonalização. Alguns autores, além disso, classificam os tiques motores como obsessões impulsivas (e não compulsivas).