Ou de conduta. O termo refere-se a um grupo de distúrbios psiquiátricos, em crianças e adolescentes, que não resultam de doenças ou defeitos somáticos nem de distúrbios convulsivos, e que não fazem parte de uma psicose ou neurose bem definida. Os distúrbios primários de comportamento são considerados reações a um meio ambiente desfavorável; manifestam-se como problemas do desenvolvimento da personalidade, como persistência de traços indesejáveis ou hábitos desfavoráveis (os chamados transtornos de hábito, como roer as unhas, chupar o dedo, enurese, masturbação, birras etc.), como delinqüência ou distúrbios de conduta (vadiagem, brigas e altercações, desobediência, mentir, roubar, falsificar, piromania, destruição de propriedade, uso do álcool, uso de drogas, crueldade, delitos sexuais etc.), como certos traços neuróticos (tiques, cacoetes e espasmos habituais, sonambulismo, hiperatividade e medos), e como problemas de escolaridade e dificuldades educativas e vocacionais de ordem geral.
No passado, crianças com tais distúrbios eram citadas como "crianças-problema".