Aquelas organizações psíquicas que se opõem à expressão de ações instintivas. A consciência relaciona-se com as atitudes morais, estéticas e éticas do indivíduo. Quando as atitudes, proibições e ordens parentais assumem sua posição no inconsciente para formar o superego, este é que constitui a consciência. No decorrer do desenvolvimento, quando a criança começa a emular outros, fora do círculo familiar, e desenvolve um ego ideal, ela adquire uma outra consciência. Existe, porém, continuidade entre as duas.
A função da consciência é advertir o ego para evitar as dores de intensos sentimentos de culpa. "A consciência torna-se patológica quando (a) funciona de um modo excessivamente rígido ou excessivamente automático, de forma que o julgamento realista acerca do desfecho real de ações cogitadas está perturbado (superego arcaico) ou (b) quando o colapso no sentido do 'pânico' acontece, e um sentimento mais ou menos profundo de aniquilamento substitui o sinal de advertência, como é o caso nas depressões graves." (Fenichel)