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Dicionário

coprofilia

Amor às fezes ou à imundície. Segundo a psicanálise, o ero­tismo anal possui dois aspectos principais, o primeiro referente à retenção e expulsão do material fecaI, e o segundo ao prazer causado pelo próprio produto. Durante a fase de trei­namento esfincteriano, a finalidade é dupla: fazer regularmente e não se sujar. A disciplina associada ao chamado treinamento anal refle­tir-se-á mais tarde em traços de caráter, enquan­to que uma certa quantidade de libido permane­ce fixada em sua forma original. Existe uma terceira possibilidade, a saber, que o interesse no produto seja transferido subseqüentemente para outros objetos que se assemelham a fezes ou simbolizam fezes, mesmo que não haja um conhecimento consciente da semelhança. Assim, Ferenczi descreve o desenvolvimento, a partir ­das fezes, através de suas várias formas de sim­bolização: tortas de lama, areia, seixos, bolas de gude, botões, jóias, moedas, valores mobi­liários etc. Assim, a propriedade de objetos preciosos é atribuída principalmente, mas não exclusivamente, a interesses anais precoces; isto é, a um interesse coprofílico.

O interesse coprofílico também pode ser su­blimado em formas tais como pintura, escul­tura, culinária etc. Alguns pacientes exibem a coprofilia de modo mais literal. É o caso de um paciente que amontoava sua fezes, assim como antes amealhava seu dinheiro. Um outro paciente "enfeitou-se" com fezes. Um terceiro disse que amava as suas fezes "como se fossem, um filho". E um quarto só tinha potência se­xual quando pensava em fezes.

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