Do ponto de vista da psicologia dos instintos (psicanálise), o termo frustração refere-se geralmente à recusa de satisfação pela realidade. Às vezes, é chamada de frustração externa, para distingui-Ia da contrariedade de impulsos por forças no inconsciente ou também na consciência.
Quando, no caso de uma pessoa mentalmente saudável, o meio não está preparado para a aceitação de um impulso libidinal, este último pode ser mantido em suspenso até que a realidade seja adequadamente disposta ou até que se apresente alguma forma de satisfação substitutiva. A frustração pode ser evitada por meio da sublimação.
Quando a exigência instintiva não pode ser normalmente manipulada pelo sujeito, ele poderá mobilizar todas as suas energias para a satisfação dessa exigência, ignorando os costumes e preceitos morais do seu meio. Ou poderá regredir, quer dizer, a libido frustrada pode ser retirada de objetos na realidade e "refugiar-se na vida de fantasia, onde cria novas formações de desejo e reanima os vestígios de desejos mais primitivos esquecidos". (Freud)
Frustração interna significa o rechaço de impulsos instintivos por forças no inconsciente, principalmente pelo superego. Diz Jones: "O ego defende-se contra o perigo externo reprimindo [neste caso] os impulsos genitais dirigidos para o objeto de amor. Segue-se a regressão ao nível anal-sádico, mas a relação desse processo
com a frustração e com a influência dos instintos do ego não está esclarecida."