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Angústia em Heidegger

Angústia – traço característico da autenticidade existencial, angústia ante o vazio, ante o nada, da qual a maioria dos homens busca evadir-se; seja pelo discurso vazio, o tagarelar (Gerede), evitando todo contato mais profundo com os problemas da existência. Angústia diante de duas percepções do não-ser: o antes do nascer e o depois de morrer. Bem diversa do medo comum e da ansiedade neurótica, a angústia existencial não degrada o homem. Antes, exalta-o, enobrece-o, porque decorre de sua consciência de estar-no-mundo e de sua liberdade de poder-ser, ou deixar-de-ser. Ela é a voz, que emerge de sua consciência moral, para recordar-lhe, retrospectivamente, a culpa, e prospectivamente, a morte, esse grande mistério jamais decifrado, diante do qual impõe-se a responsabilidade da realização de seus projetos, livremente escolhidos.

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