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Estudo diz que dieta rica em gordura pode reduzir epilepsia em crianças

Um estudo realizado por pesquisadores da University College of London sugere que uma dieta alimentar rica em gorduras e pobre em carboidratos pode ser eficaz no tratamento de crianças com epilepsia. A dieta, conhecida como cetogênica, é similar à Atkins, a qual recomenda um alto consumo de gorduras e proteínas e baixo de carboidratos, como pães e massas.
Um estudo realizado por pesquisadores da University College of London sugere que uma dieta alimentar rica em gorduras e pobre em carboidratos pode ser eficaz no tratamento de crianças com epilepsia. A dieta, conhecida como cetogênica, é similar à Atkins, a qual recomenda um alto consumo de gorduras e proteínas e baixo de carboidratos, como pães e massas.

Os pesquisadores fizeram uma experiência com 145 crianças, com idades entre 2 e 16 anos, que apresentavam crises epilépticas diárias e não haviam respondido a tratamentos com medicamentos. Metade das crianças entrou na dieta imediatamente e a outra metade iniciou o regime três meses mais tarde. Os especialistas verificaram que aquelas que estavam na dieta tiveram suas crises epilépticas reduzidas em até dois terços, enquanto as que estavam fora dela continuaram registrando a mesma freqüência nas convulsões. Segundo os cientistas, cinco pacientes tiveram uma diminuição de mais de 90% na freqüência das crises. A dieta, no entanto, provocou alguns efeitos colaterais nos voluntários, como prisão de ventre, vômito, cansaço e fome.

Os especialistas ainda não sabem exatamento como a dieta funciona, mas acredita-se que corpos cetônicos, produzidos pela queima de gorduras, ajudam a combater as convulsões. A coordenadora do estudo, Helen Cross, afirmou que os benefícios da dienta já são conhecidos há algum tempo, porém que o regime ainda não é muito divulgado porque enfrenta grande resistência por parte das crianças.

Cross ressalta também que a dieta deveria ser usada apenas em pacientes com formas graves da doença, ou seja, se a medicação for suficiente para manter o controle sobre a epilepsia, o regime não é recomendado. No entanto, "se pelos menos dois tratamentos já falharam, então a dieta deve ser considerada", disse ela.

Notícia retirada da fonte:

Folha Online

Por Carla Destro para RedePsi

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