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Obsessões e Compulsões

Será que eu tenho TOC?
 
É uma pergunta que muitas pessoas já se fizeram uma vez e certamente, já ouviram falar bastante a respeito.
O Transtorno Obsessivo Compulsivo, conhecido por TOC, é um transtorno mental de ansiedade e está classificado ao lado das fobias como: fobia social, síndrome do pânico, ansiedade generalizada, entre outros.
 
Os sintomas do TOC, quando acentuados, envolvem alterações do comportamento (rituais, compulsões, repetições, evitação…), do pensamento (obsessões, dúvidas, preocupações excessivas, etc) e por último, envolve o campo das emoções (desconforto, aflição, culpa e depressão). As práticas costumam aliviar a ansiedade "momentaneamente", levando o indivíduo a repetí-las e ampliá-las toda vez que sua mente é "invadida". Em vez de enfrentar seus medos, suas ações tornam-se repetidas e sempre acompanhadas de um estado de aflição muito grande. Esta falta de discernimento do que é patológico com o nível de preocupações e medos diários (os quais todos apresentam), faz com que os demais acreditem que os rituais do TOC são comportamentos normais, "manias", "chatices", o que acaba por perpetuá-los sem se dar conta de que o TOC é um transtorno mental grave e pode tornar a vida do portador um grande suplício, afetando diretamente os que estão à sua volta.
 
Mesmo desejando e se esforçando, a pessoa com TOC não consegue afastar os pensamentos, pois estes lhe são involuntários, também chamados de "pensamentos automáticos".
 
O uso de medicamento e psicoterapia tem se tornado ferramentas muito eficazes no combate dos sintomas do TOC. Uma vez que tanto a terapia quanto os medicamentos tem suas limitações, recomenda-se associá-los e a partir desta junção, torna-se possível reduzir ou até mesmo eliminar os sintomas do TOC.
 
A intervenção medicamentosa é recomendada, principalmente, quando existem outros problemas associados ao transtorno como, ansiedade e depressão (o que é bastante comum). Mas o uso deste único recurso traz certos incovenientes: alguns efeitos colaterais, além de uma redução, em maioria dos casos, parcial dos sintomas. Visto que o medicamento é de uso isolado, ou seja, apenas uma modalidade do tratamento. E mesmo que haja resposta, esta será para amenizar os estados "emergenciais" decorrentes da doença.
 
Em casos acentuados, os sintomas relacionados ao TOC, interferem nos relacionamentos, compromissos sociais, profissionais, econômicos, modificando a vida rotina de vida não só da pessoa acometida pelo transtorno como também, a dinâmica familiar (sob a qual tem forte impacto). É comum que o os sintomas sejam mais intensos em casa e diminuam em outras situações.
 
No Brasil há uma estimativa de aproximadamente 3,5 milhões de pessoas com TOC. E embora tenham a vida gravemente comprometida, muitas nunca foram diagnosticadas ou tratadas.
 
O primeiro passo para tratar o TOC é a realização de uma avaliação profissional abrangente (seja do psicólogo, psiquiatra ou médico de sua confiança) do paciente e de sua família. Após a determinação dos sintomas, estabelece-se um programa adequado de acompanhamento.
 
Se você apresenta suspeita de alguns sintomas relacionados à doença, procure um profissional para auxiliá-lo, lhe dar orientação, apoio e fornecer maiores informações a respeito do transtorno. Assim tornar-se-á possível inúmeras perspectivas para lidar ou eliminar o distúrbio.
 
Ana Paula Polato
Psicóloga Clínica
CRP: 038361/14

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