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Estudo afirma que crianças pequenas já estão sujeitas a estresse pós-traumático

Uma pesquisa da Universidade de King's College, em Londres, sugere que o estresse pós-traumático pode atingir crianças com idades precoces de até dois anos de idade.

Uma pesquisa da Universidade de King's College, em Londres, sugere que o estresse pós-traumático pode atingir crianças com idades precoces de até dois anos de idade.

O experimento analisou 114 crianças que haviam sido expostas a acidentes de trânsito na Grã-Betanha e descobriu que uma em cada dez sofria de ansiedade contínua após o incidente. Apesar do nível se parecido ao de adultos, a maioria das crianças acaba não sendo diagnosticada e trata, segundo os especialistas.

Uma das razões para a falta de conhecimento sobre este tipo de estresse em crianças pequenas é a dificuldade de se chegar a diagnósticos psiquiátricos por causa das dificuldades de comunicação. A habilidade lingüística em crianças pequenas ainda está em fase de desenvolvimento, o que dificulta a expressão de sentimentos e experiências.

Além disso, os métodos usados pelos médicos para detectar e medir o estresse pós-traumático foram criados para pacientes adultos.

Os pesquisadores utilizaram uma técnica mais apropriada para crianças pequenas, em que os pais reportam como seus filhos estão reagindo a um incidente. Todas as 114 crianças entre dois e 10 anos de idade analisadas na pesquisa haviam passado por pronto-socorros em Londres após acidentes de trânsito.

Entre as crianças avaliadas, metade estava em um carro envolvido em acidente de trânsito, enquanto as outras eram pedrestres ou ciclistas atropeladas por veículos. Todas haviam sofrido ferimentos leves.

As crianças foram avaliadas no mês seguinte ao acidente e também após seis meses, e mais de 10% delas apresentaram sintomas relacionados ao estresse pós-traumático. Essas crianças tinham pesadelos e dificuldade para dormir, apresentavam comportamentos como evitar entrar em carros ou andar em ruas movimentadas e foram descritas pelos pais como "nervosas" e "agitadas".

"Nossas descobertas indicam que as necessidades de saúde mental de crianças em idade pré-escolar que vivenciam eventos assustadores devem ser consideradas pelos pais e serviços de saúde", disse o chefe da pesquisa, Richard Meister-Stedman.

Segundo o professor David Cottrell, psiquiatra de crianças e adolescentes na Universidade de Leeds, "infelizmente, crianças passam por várias experiências traumáticas".

Notícia retirada da fonte:

BBC Brasil

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