Marc Schuckit assegura que os médicos deveriam investigar sistematicamente os transtornos provocados pelo álcool, mediante um interrogatório dos pacientes e exames de sangue.
Em geral, um homem começa a ingerir álcool aos 15 anos. Mas o período de alcoolização mais intenso acontece habitualmente entre os 18 e os 22 anos. Com 18 anos, mais de 60% dos jovens já tiveram a experiência de se embriagar.
O consumo problemático e a dependência começam com frequência na metade dos 30 anos, quando a maioria começa a moderar o consumo.
Os transtornos provocados pelo álcool são comuns a todos os países desenvolvidos, com uma proporção menor, mas ainda considerável, nos países em desenvolvimento.
São menos frequentes nos países mediterrâneos, como Grécia, Itália e Israel, e mais elevados no norte e no leste da Europa, como Rússia e Escandinávia. Em quase todas as populações há importantes gastos com a saúde.
Os transtornos derivados do álcool se associam a períodos de depressão, ansiedade, insônia, suicídio e abuso de drogas. Um consumo grande de bebidas alcoólicas aumenta o risco de infarto, ataques cerebrais, cânceres e cirrose.
Quase três de cada quatro indivíduos que têm câncer na cabeça ou no pescoço apresentam transtornos alcoólicos, o que dobra o risco de câncer no esôfago, reto e mama, segundo Marc Schuckit.
Fonte: Folha Online