O levantamento feito com 6 mil pacientes em tratamento concluiu ainda que, em cerca de 50% dos casos, entre homens e mulheres, a dependência do cigarro é exclusivamente psicológica. Apenas 20% dos pacientes apresentaram dependência grave de nicotina e 30% são dependentes leves ou moderados da substância.
Entre os males causados pelo cigarro à saúde da mulher está o aumento dos riscos de câncer de pulmão, uma vez que o tabaco é responsável por 98% dos casos, de acordo com o trabalho, além do aumento de outros tipos de cânceres como o de boca, esôfago, laringe, faringe e garganta.
Os autores da pesquisa destacam que muitas mulheres associam parar de fumar com ganho de peso. "O ganho é relativamente pequeno (cerca de 4 quilos), sendo evitável em caso de tratamento com auxílio de especialista. O maior problema é que elas não apenas temem engordar ao cessarem o vício, como também a maioria começa a fumar por ouvir dizer que esse hábito emagrece", destaca a psiquiatra e coordenadora do GAT, Célia Lídia da Costa.
Além de sinais estéticos e sociais como o envelhecimento precoce por alterações microvasculares da pele, outras consequências são o aumento da taxa de infertilidade, alterações menstruais e doenças cardiovasculares.
Os riscos são ampliados quando o tabaco está associado ao uso de métodos anticoncepcionais, podendo causar problemas na gravidez e interferir diretamente na saúde e no peso do bebê, pois o tabaco diminui a chegada de nutrientes pela placenta.
Mantido pela Fundação Antônio Prudente, o Hospital do Câncer A. C. Camargo realiza de forma integrada a prevenção, o diagnóstico e o tratamento ambulatorial e cirúrgico dos mais de 800 tipos de câncer conhecidos.
Fonte: BOL notícias