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Medo da gripe suína aumenta hipocondria; ouça psiquiatra

Com a possibilidade da gripe suína se tornar uma pandemia, pessoas que não ficaram expostas ao vírus passam a desenvolver doenças psicossomáticas –reações orgânicas produzidas por influências psíquicas. O psiquiatra José Toufic Thomé, coordenador da comissão técnica sobre intervenções em desastres da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), diz que isso ocorre quando a população sadia fica exposta ao risco de morrer em consequência de uma doença.

Com a possibilidade da gripe suína se tornar uma pandemia, pessoas que não ficaram expostas ao vírus passam a desenvolver doenças psicossomáticas –reações orgânicas produzidas por influências psíquicas. O psiquiatra José Toufic Thomé, coordenador da comissão técnica sobre intervenções em desastres da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), diz que isso ocorre quando a população sadia fica exposta ao risco de morrer em consequência de uma doença.

Dados da Comissão de Saúde Mental do Conselho Econômico e Social da ONU (Organização das Nações Unidas) mostram que 20% da população mundial tende a desenvolver doenças ligadas ao campo da saúde mental.

José Toufic Thomé

"Todo o estresse leva ao aumento de cortisol, que aumenta o sistema noradrenérgico. Todos esses agentes vão atuar na menor recaptação da serotonina. Isso pode desencadear quadros depressivos", diz.

O psiquiatra disse que seus pacientes que sofrem de distúrbios emocionais já relataram ter receio em ter contraído a doença. "Alguns pacientes já trouxeram o medo de estar com a gripe suína. Você vai deslocando uma ameaça fantasiosa interna para um ameaça real", avalia.

O especialista fala que quem se preocupa obsessivamente com o próprio estado de saúde também acredita ter sido contaminado, mas isto não significa que a pessoa esteja realmente doente.

"As pessoas que têm tendências hipocondríacas já se sentem gripadas, com dor de cabeça, e passam a achar que tem os sintomas da gripe suína. Ela vai para o pronto socorro e vão dizer: 'você não tem nada, isso é emocional'", comenta.

O médico recomenda que as pessoas que sentirem os sintomas, mesmo que não tenham risco de ter contraído a doença, devem procurar auxílio médico.

"A medida que você passa a ter sintomas, de alguma forma eles estão expressando algum tipo de sofrimento, seja ele de forma física ou emocional. Acho que vale a pena de você ir ao médico, até para se livrar da ameaça", afirma.

Fonte: BOL Notícias

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