“Na economia atual, perder o emprego é algo que pode acontecer com qualquer um. Por conta disso, precisamos estar atentos às possíveis consequências para a saúde e verificar o que pode ser feito de modo a aliviar os efeitos negativos do processo”, disse Kate Strully, que conduziu o estudo na Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
A pesquisa foi conduzida a partir de dados obtidos em um levantamento nacional sobre renda feito pelo governo norte-americano de 1991 a 2003. Foram avaliadas diversas profissões, tanto no setor industrial como no de serviços.
Segundo os resultados, trabalhadores com problemas de saúde têm 40% mais chances de serem demitidos. Entre aqueles com boa saúde, mas que perderam empregos por conta de fatores como o encerramento das atividades da empresa em que estavam, o risco de desenvolver doenças aumentou em 83%.
“À medida que consideramos maneiras de melhorar a saúde da população durante um período de recessão econômica e aumento de desemprego, é fundamental que olhemos além da reforma do setor de saúde, de modo a compreender o enorme impacto que fatores como perda de emprego têm sobre a saúde”, disse David Williams, também da Universidade Harvard.
“Onde e como vivemos, trabalhamos, estudamos e nos divertimos têm um impacto na saúde maior do que o apoio que o sistema de saúde nos oferece”, apontou.
Fonte: Agência FAPESP