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Desempregado e doente

Perder o emprego em meio a uma crise econômica de dimensão mundial não representa apenas um problema financeiro, mas também um episódio que pode causar doenças. É o que indica estudo publicado na edição de 8 de maio da revista Demography.

Perder o emprego em meio a uma crise econômica de dimensão mundial não representa apenas um problema financeiro, mas também um episódio que pode causar doenças. É o que indica estudo publicado na edição de 8 de maio da revista Demography.

Mesmo se uma nova colocação for encontrada em pouco tempo, há um aumento no risco de desenvolver problemas de saúde como hipertensão, diabetes, infarto, derrame ou doenças coronárias, apontam os autores da pesquisa.

“Na economia atual, perder o emprego é algo que pode acontecer com qualquer um. Por conta disso, precisamos estar atentos às possíveis consequências para a saúde e verificar o que pode ser feito de modo a aliviar os efeitos negativos do processo”, disse Kate Strully, que conduziu o estudo na Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

A pesquisa foi conduzida a partir de dados obtidos em um levantamento nacional sobre renda feito pelo governo norte-americano de 1991 a 2003. Foram avaliadas diversas profissões, tanto no setor industrial como no de serviços.

Segundo os resultados, trabalhadores com problemas de saúde têm 40% mais chances de serem demitidos. Entre aqueles com boa saúde, mas que perderam empregos por conta de fatores como o encerramento das atividades da empresa em que estavam, o risco de desenvolver doenças aumentou em 83%.

“À medida que consideramos maneiras de melhorar a saúde da população durante um período de recessão econômica e aumento de desemprego, é fundamental que olhemos além da reforma do setor de saúde, de modo a compreender o enorme impacto que fatores como perda de emprego têm sobre a saúde”, disse David Williams, também da Universidade Harvard.

“Onde e como vivemos, trabalhamos, estudamos e nos divertimos têm um impacto na saúde maior do que o apoio que o sistema de saúde nos oferece”, apontou.

Fonte: Agência FAPESP

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