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Comportamento “Normal” e “Anormal”

-O ¨campo social-humano¨ como fator decisivo.

-O interagir e a experiência ¨condicionadora¨.

-Benefícios para a manutenção da ¨compulsão a repetição¨.

*O ¨campo social-humano¨ como fator decisivo.

Tendo como premissa que um ¨organismo vivo¨ só pode ser considerado como tal se inserido em um meio externo no qual ¨atua habitualmente¨, o qual damos o nome de meio comportamental.

Este se expressa por uma identidade única atuante, desenvolvida pela conservação e desenvolvimento da relação entre a unidade organica e as propriedade especificas com o qual esta se identifica e integra como parte de si.

Em nosso cotidiano, verificamos isto, nas demonstrações que o individuo, mostra:- na maneira com a qual conversa (organização das palavras e orientação do que busca…).- do jeito como se veste, e faz uso de ¨seu próprio¨ corpo.- dos objetos que o ¨rodeia¨, com o qual se ¨apega¨ (bens materiais, expressões da cultura produzida pela sociedade presente: livros filmes séries… e pessoas com a qual mantem relações continuas em suas varias formas de contato pessoal).Todos estes aspectos se integram em um padrão de ação dirigida do individuo, no qual identificamos como seu comportamento cotidiano, que podemos identificar igualmente características dinâmicas que se relacionam na busca de um mesmo resultado, são:- a conservação de todos os aspectos da sua identidade, que são verificáveis no ambiente habitual de sua ação continua (que contém objetos variados já discutidos anteriormente…), o qual chamaremos de campo personalizado-individual.- o desenvolvimento desse campo em relação ao seu conteúdo imediato a fase da vida que o individuo se encontra.Levando sempre a ¨intenção¨ que o individuo expressa, de manter-se do mesmo ¨jeito¨, independente das mudanças que ocorrem no ambiente que se encontra.

*O interagir e a experiência ¨condicionadora¨.

Podemos agora então considerar que o comportamento, tem uma intenção ¨definida¨ com um objetivo verificável, pois é expresso por uma totalidade de formas variadas pelo individuo em seu meio que resulta em um ¨campo¨ único.Mas este comportamento é inicialmente a ¨intenção¨ de algo, que só se tornará ¨concreto¨ se o ¨externo¨ reagir em resposta, confirmando a intenção em forma do objeto ou a propriedade que almeja para si. Assim o interagir com o meio externo, a qual para o individuo ¨aparenta¨ ser continuamente o ¨mesmo¨, apresenta variações, pois sua existencia é conseqüência de um campo maior, o qual denominaremos de campo social-humano, que existe independente da ¨ação unitária¨.Isto produz no individuo:- uma continua necessidade de adptações (ajustes entre as concretizações que almeja e as que o campo social-humano permite…).O que leva a experiência internalizada (a qual tradicionalmente chamamos de aprendizado…), esta por sua natureza abstrata e simbólica sofre alterações, em sua forma atuante (apesar da estabilidade dos princípios relacionados dinamicamente… orientação-organização/conservação-desenvolvimento…), que levará a um ¨condicionamento¨ em sua relação individuo e ¨externo¨, podendo ser expresso pelo individuo de duas maneira diferentes (mas verificado em múltiplas variações atuantes nos aspectos que ele apresenta durante toda a sua existência…):- integração deste individuo como produtor de propriedades que fortaleçam o campo social-humano, de forma que sua identidade unitária seja reconhecida positivamente (em todos os aspectos que lhe dão sensações prazerosas). – segregação deste individuo por produzir propriedades ¨enfraquecedoras¨ do campo social-humano, de forma que sua identidade unitária não seja reconhecida positivamente, sendo lhe dada uma identidade que seja mais apropriada, ao campo social-humano e a sua continuidade e conservação (assim o individuo ¨assume¨ sua posição, sendo ¨encaixado¨ em uma instituição social, que lhe tira sua ¨individualidade¨ de origem, ou é obrigado a viver a margem do que a sociedade pode proporcionar…). Temos agora a possibilidade de classificar a ¨normalidade¨ e a ¨anormalidade¨ da forma que ela realmente se mostra (em sua relação total com suas propriedades verificáveis e uma resultante definida…).Sendo:- Normal toda ação que produz propriedades a qual são reconhecidas pelo campo social-humano, como necessárias a sua existencia e continuidade, e permitindo o individuo manter todos os aspectos de sua identidade original (de sua criação…), ocasionando sensações constantes de prazer.- Anormal toda ação produtora de propriedades que são reconhecidas pelo campo social-humano, como ameaçadoras para a sua existencia e continuidade, não permitindo o individuo manter sua identidade original, lhe dando outra (na qual seja o individuo encaixado de alguma forma que mesmo com um comportamento negativo, este produza propriedades que fortaleçam o campo social-humano a própria conservação e continuidade…), o que ocasionara constantes sensações de desprazer.

*Benefícios para a manutenção da ¨compulsão a repetição¨.

Agora podemos colocar em seu devido lugar a tendência que o individuo apresenta a repetir um comportamento de forma continua independente da reação concreta que o ¨externo¨ lhe dá como resposta.Este padrão é ocasionado pela necessidade de uma identidade, a qual sem o individuo deixa de existir como tal, assim este prossegue na busca de confirmações continuas de si.Estas serão orientadas e organizadas de acordo, com a forma da reação ¨externa¨, como já descrevemos anteriormente e nas adptações que o individuo tem possibilidade de produzir, podendo:- resultar sempre na busca da integração desse individuo no campo social-humano de forma positiva (como uma identidade permitida e reforçada pelas constantes ¨aprovações¨ do ¨campo total¨… o que é considerado ¨normal¨).- resultar sempre na busca da segregação  desse individuo no campo social-humano de forma negativa (com uma identidade não permitida e reforçada pelas ¨constantes negações¨ do ¨campo total¨…o que é considerado ¨anormal¨).

* Referências

– BUHLER CHARLLOTE: ¨ZWEI GRUNTYPEN VON LEBENSPROZESSEN¨, Z.F. PSYCHOL, 1928, 108, 222-239.

– FRANK L.D: ¨THE PROBLEM OF CHILD DEVELOPMENT¨, CHILD DEV, 1935, 2, 39-47.

– DUFFY ELIZABETH: ¨TENSIOS AND EMOTIONAL FACTORS IN REACTION¨, GENET. PSYCHOL. MONOGR., 1930, 7, 1-80.

– WERTHEIMER MAX: ¨UBER GESTALTTHEORIE¨, SYMPOPSION, 1927, I (¨SONDERDRUCKES DES SYMPOSION, FASC, I).   

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