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A Daseinsanalyse de "Ser e Tempo"

Conseguir o fim que se tem em vista por meio de texto breve e sintético é algo difícil. A possibilidade de realização dessa proposta não significa reduzir ou minimizar a complexidade desta obra, mas se configura em um desafio, pois Ser e Tempo é um marco na historia da filosofia e não somente uma fonte de idéias para a prática clínica daseinsanalítica. Em outras palavras, a reflexão a respeito do sentido do ser, questão norteadora da obra de Heidegger, tem em si a inquietude própria da Filosofia. Entretanto, o que particulariza essa necessidade de “esclarecer” o sentido do ser enquanto tal apresenta-se como proposta de uma analítica do ente que pode entrar em contato com seu ser, o próprio ser – Dasein. A introdução da analítica do Dasein heideggeriana, que se consubstancia no nível puramente teórico, no horizonte psicológico se constituiu em projeto de aproximação delicada. Ou seja: como tratar a analítica do Dasein heideggeriana no campo psicológico sem apequenar e/ou cingir o trabalho de Heidegger, considerando-o somente no que compete ao  âmbito existencial, com o intuito de que viesse a ser correspondente ao universo da ciência psicológica, ou melhor, chegar a estender a sua ação à prática clinica?

Ser e Tempo
teve sua primeira publicação em 1927, mas representou um “veio à luz” da sociedade durante grande parte da década de 1920. (Safranski, 2005) Heidegger preocupava-se, nesta publicação, com tema presente na metafísica originária, ou seja, a investigação acerca do ser: pensar o ser sendo essência originária de tudo que “é” e está sendo enquanto sendo do ser. No entanto, empenhava-se em estabelecer a “des-coisificação” do foco de análise desta disciplina (Heidegger, [2005]1927) tal qual se revelava na história da filosofia. Em outras palavras, o autor atribui à tradição filosófica a morte da busca pelo ser, posto que este ponto era tratado como acesso e conhecimento de outro ente, talvez privilegiado, mas não deixando de considerá-lo – o ser – um ente. Como isso seria possível? A resposta de Heidegger a essa questão resulta em nova pergunta: se o ser é pensado a partir do horizonte do sentido, seria possível mensurá-lo e defini-lo como algo que é? (Heidegger, [2005]1927)

Na concepção da filosofia heideggeriana, tal resposta, de modo assertivo, é impossível, visto que a partir do momento que se questiona sobre o é de um dado “objeto” de investigação, seu estatuto de coisa, de ente, já se confere. Com isso, Heidegger promove, em Ser e Tempo, os primeiros passos de uma propositura, que emerge do resgate da original metafísica, a ontologia.

“Ontologia, ciência do ser em si; opõe-se à antropologia, que é a ciência do homem.- Platão (no livro VII de A republica), Spinoza, Hegel e atualmente Heidegger, desenvolveram o problema ontológico, que foi inicialmente (para Platão) o da luz que nos descobre os objetos do mundo, em seguida (para Spinoza) o de Deus, depois (para Hegel) o do fato da existência que se realiza em todo homem. A ontologia, que analisa a luz que faz “ser” todas as coisas e o próprio espírito humano (Platão), distingui-se igualmente da moral, que estuda o que “deve ser” e que se apresenta como uma teoria da ação ( e não como uma teoria do ser). A ontologia, que é a procura do absoluto, é evidentemente o objetivo ultimo de toda filosofia.” (Julia, 1964.:235)

Nesse contexto, a ontologia heideggeriana vem a ser a nova e correta metafísica, pois busca pelo que é absoluto nos entes, aquilo que atribui ao ente a dada entidade dele mesmo. A partir desta noção, Heidegger coloca Dasein como a única via de acesso possível à entidade do ente, a partir de sua relação de trânsito em meio às diversas possibilidades do ser. Em Ser e Tempo esta relação é colocada como a condição de abertura primordial de Dasein, a própria existência. Deste modo, Heidegger delimita, com intenção puramente elucidativa, dimensões essenciais da existência do ente humano que correspondem ao estatuto de relação com o ser, o aí da solicitude às movimentações do mundo. Tais categorias ontológicas são chamadas existenciais (Existenzial). “Existencial remete às estruturas que compõem o ser do homem a partir da existência em seus desdobramentos advindos da pre-sença” (Heidegger, [2005]1927.:311)

Os existenciais podem ser compreendidos como dimensões estruturais da existência de Dasein na qualidade de ser-no-mundo, tendo como referência seu próprio projeto existencial. (Heidegger, [2005]1927) e são muitas as dimensões ontológicas apresentadas em Ser e Tempo. No entanto, levando-se em conta a conjuntura na qual se insere esta publicação, algumas dessas dimensões ontológicas devem ser assinaladas com ênfase e a escolha dessas possibilidades está submetida à razão metodológica específica em face da complexidade do pensamento hedeggeriano, isto é, satisfazendo a intenção inicial desse projeto, que é a de promover aproximações entre a fenomenologia-existencial e a Daseinsanalyse. . Deste modo, cura (Sorge), finitude (Endlichkeit), compreensão (Verthen), culpabilidade (Schuld), angústia (Angst/Beklemmung), corporiedade (Körperlichkeit), historicidade (Geschichtlichkeit), temporalidade (Zeitlichkeit), espacialidade (Räumlichkeit) e disposição de ânimo/de-cadência (Verfallen) são existenciais interligados diretamente à Daseinsanalyse psicológica e filosófica. (Inwood, 2002).

Retomando. Em
Ser e Tempo, Heidegger propõe questão acerca do ser e demonstra sua via de acesso, Dasein, enquanto condição mais primordial do ente homem; sua própria existência aí-no-mundo. Postulada a relação entre o ser-aí e o ser dos entes, o pensamento heideggeriano apresenta as dimensões fundamentais do existir de Dasein. No aspecto significativo da obra, os existenciais são descritos e situados como pontos estruturais da condição de abertura-às-possibilidades experienciadas pelo ser-aí, os quais são qualidades e meios de  relação do ente homem com a demanda de sentido.

Assim, Heidegger demarca um terreno seguro para aplicar a fenomenologia, enquanto método, à questão da análise acerca do ser, bem como revela o Dasein como existência estruturada e, ao mesmo tempo, organizadora de suas dimensões ontológicas. Desse modo, formula não somente uma investigação metafísica, mas promove uma ontologia hermenêutica existencial do ser-aí na qualidade de acesso primordial ao sentido, propiciando ao homem o estatuto de guardião do sentido do ser. (Heidegger, [2005]1927)

Esse percurso permite divisar a Dasein enquanto estrutura, isto é, o ser-aí seccionado em dimensões ontológicas separadas, tendo em vista a ilustração conceitual da complexidade de seu íntimo contato com o ser no movimento ou processo de existir, “acontecência”. Ao se propor uma aproximação ao universo daseinsanalítico, há que se interrogar quais seriam e como atuam essas dimensões ontológicas ao longo do projeto existencial do ser-aí de modo a institui-lo como ponto de partida para uma “nova” abordagem psicológica? Em Ser e Tempo Heidegger estabelece alguns existenciais como fundamentais, ou até mesmo, definidores do próprio ser de Dasein. Entretanto, apenas alguns dos existenciais anteriormente explicitados serão apresentados com maior dedicação, ainda que a opção entre um ou outro deixe de ocorrer devido a juízo crítico avaliativo. Depois desta exposição preliminar, os existenciais serão de forma sintética relacionados, tendo como referência a estruturação da existência de Dasein, ponto de partida que lhes é determinante.

O filosofo propõe a cura como uma pré-ocupação estrutural consigo, no sentido de se preceder a seu sentido e, também, com relação aos entes que vem de encontro ao Dasein. Desta forma, Dasein também é ente, mas prioriza sua condição de intimo trânsito em meio às vicissitudes do ser. Logo, Dasein pode vir ao encontro de si mesmo. Ou seja, considerando o ser/sentido de Dasein, sua própria tarefa de existir, este ente vai ao encontro de si mesmo tal qual outros entes igualmente dotados de seus seres. Logo, este estado de ocupação prévia de algo…para algo…, o pré-ocupar-se com outros entes, implica, da mesma forma, em ainda se debruçar no cuidado próprio de Dasein com sua tarefa existencial (Dubois, 2004). A utilização do termo cura, que para Heidegger se aplica em três situações distintas, impõe situar o seu significado no encadeamento de sua obra e, para tanto, far-se-á uso da definição teórico-linguistica da palavra.

“Heidegger usa três palavras cognatas: 1. Sorge,’cura (cuidado)’ , é ‘propriamente a ansiedade, a preocupação que nasce de apreensão de concernem ao futuro e referem-se tanto à causa externa quanto ao estado interno’.O verbo sorgen é ‘cuidar’ em dois sentidos: (a) sich sorgen um é ‘pré-ocupar-se, estar preocuapdo com’ algo;(b) sorgen für é ‘tomar conta de, cuidar de, fornecer (algo para)’ alguém ou algo. 2. Bersorgen possui três sentidos principais: (a) obter, adquirir, prover’ algo para si mesmo ou para outra pessoa; (b) ‘tratar de, cuidar de, tomar conta de’, algo (c) especialmente com o particípio passado, besorgt (…) 3. Fürsorge, ‘preocupação’ é ‘cuidar ativamente de alguém que precisa de ajuda’. (…) ‘O modo de ser básico de Dasein é que em seu ser está em jogo seu próprio ser. Este modo básico de ser é concebido como cuidado [Sorge], e, como modo básico de ser de Daseion, este cuidado não é menos originalmente ocupação [Bersogen] e isto se Dasein é essencialmente ser-no-mundo. Da mesma forma, este modo básico de ser de Dasein é preocupação [Fürsorge] na medida em que Dasein é ser-um-com-o-outro.” (Inwood, 2002 .:26)

A definição transcrita apóia a firmação de que Heidegger estabelece que Dasein tem como fardo ter que ser, ter que o ser, isto é, deve cuidar e zelar de antemão por sua condição de ser-aí, bem como que este cuidado é além de consigo mesmo, manifestado, em função desta premissa, nos outros âmbitos do ser-no-mundo. Por conseguinte, a cura é o cuidado prévio que o ser-aí tem em relação à sua abertura, abarcando o si-mesmo e a dimensão ser-com-os-outros e ser-junto-a… (Heidegger, [2005]1927) Heidegger, em ultima análise, faz primeiro o homem se admitir como aquele que acompanha sua condição zelando por ela de antemão.

Antecipando-se na pré-ocupação, o ser-aí joga com a finitude e seu morrer. É importante atentar para a diferença essencial entre a morte e o morrer, ou até, fazer aqui um parêntese. A morte é o final da vida, enquanto o morrer é o seu desenrolar; o inicio e o meio. Ou seja, morrer configura-se como um modo de ser da cura, visto que é o como Dasein encara sua condição de finitude.

“’Morte’ é Tod, ‘morrer’ é sterben. Sterben é destino de ableben (das) Ableben, ‘deixar de viver, falecer. (…) ‘Porém, enquanto pertencente a Dasein, a morte é apenas um ser para a morte existenciário’ (Ser e tempo, parágrafo 234).Heidegger chama isto de ‘morrer’: ‘Sterben (morrer) exprime o modo de ser (Seinsweise) em que Dasein é para sua morte.(…) O que importa não é o deixar de viver físico, mas a atitude em relação à própria morte durante a vida. A atitude ‘autêntica’ é adiantar-se (Vorlaufen).” (Inwood, pg.117)

Deste modo, Heidegger ([2005]1927) situa o morrer como modo-de-ser da antecipação, isto é, um chegar antes à morte. Assim, Dasein contém em si essa possibilidade factível como única e irremissível; a possibilidade da impossibilidade. (Heidegger, [2005]1927). Ao contrário do morrer próprio, há a predominância existencial de Dasein, isto é, a vivência impessoal, imprópria de sua existência singular. O ser-aí dissolve-se no a gente abrindo mão de sua inteireza única, neste âmbito, rejeitando seu pertencimento próprio à finitude, rejeitando-a como algo que está, como qualquer possibilidade, aí no mundo.

 “O impessoal não permite a coragem de se assumir a angústia com a morte. O predomínio da interpretação pública do impessoal também já decidiu acerca da disposição que deve determinar a atitude frente a morte. Angustiando-se com a morte, a pre-sença é colocada diante da possibilidade insuperável, a cuja responsabilidade ela está entregue. O impessoal se ocupa em reverter essa angústia num temor frente a um acontecimento que advém.” (Heidegger, [2005]1927.:36. Vol II)

Ao reportar-se, ainda, à apreensão das dimensões essenciais relacionadas anteriormente deste ente que nós mesmos somos, Heidegger apresenta a culpabilidade como débito, falta, responsabilidade, ser fundamento de…, ou, em resumo, como a primeira e ontológica em relação ao existir. Isto é: uma lacuna existe estruturalmente em Dasein, mas não com os outros ou com o mundo, mas consigo mesmo: O “estar” em débito só é possível pela condição de “ser” débito. A culpabilidade mostra-se como um estar em débito próprio, uma dívida, não como efeito de dever algo a alguém – dinheiro, explicação etc. -, mas enquanto condição de possibilidade de desvelar à Dasein sua própria condição de fundamento de…-, no caso, sua existência, o cuidado com ela. (Heidegger, [2005]1927)

“Ser-fundamento de…não precisa ter o mesmo caráter de não privativo que nele se funda e dele emerge. O fundamento não precisa retirar o seu nada do que é por ele fundamentado. Isso significa: o ser e estar em débito não resulta primordialmente de uma dívida; ao contrário, a dívida só é possível ‘fundamentada’ num ser e estar em débito originário. (…) O ser da pre-sença é a cura. Ela compreende em si facticidade (estar-lançado), existência (projeto) e decadência. (…) O estar lançado não se encontra aquém dela como um acontecimento que de fato ocorreu e que se teria desprendido da pre-sença e com ela acontecido. (…) Existindo, a pre-sença é o fundamento de seu poder-ser porque só pode existir como o ente que está entregue à responsabilidade de ser o ente que ela é. Embora não tendo ela mesma colocado o fundamento, a pre-sença repousa em sua gravidade que, no humor, se revela como carga. (…) Ser o próprio fundamento lançado é o poder-ser em jogo na cura.” (Heidegger, [2005]1927.:71/72. Vol II)

Contextualizada a condição de Dasein como o cuidador de sua existência em face da finitude que o constitui essencialmente em débito consigo mesmo e por ser fundamento responsável de uma existência na qual não se configurou na natureza da essência, se pode ver a base de outra dimensão ontológica do ser-aí – a angústia -, que traz em si a prerrogativa de ruptura de sentido do fluxo da existência. “Romper o fluxo” é uma abertura, que proporciona ao Dasein um sentimento do nada existencial e, com isso, um contato com sua mais individual e intransferível propriedade.

 “(…) Por isso, a angústia não ‘vê’ um ‘aqui’ e um ‘ali’ determinados, de onde o ameaçador se aproximasse. O que caracteriza o referente da angústia é o fato do ameaçador não se encontrar em lugar algum. Ela não sabe o que é aquilo com que se angustia. ‘Em que lugar algum’, porém, não significa um nada meramente negativo. Justamente aí, situa-se a região, a abertura do mundo em geral para o ser-em essencialmente espacial. Em conseqüência, o ameaçador dispõe-se da possibilidade de não se aproximar a partir de uma direção determinada situada na proximidade, e isso porque ele já está sempre ‘presente’, embora em lugar algum. Está tão próximo que sufoca a respiração, e, no entanto, em lugar algum. (…)Aquilo que a angústia se angustia é o ‘nada’ que não se revela ‘em parte algum”’ (Heidegger, 1927/2005.: 250. Vol I).

Essa “ruptura de sentido” se estende ao como o Dasein é retirado do cotidiano e volta-se a si mesmo, singulariza-se em sua existência ao se defrontar consigo mesmo enquanto um todo de possibilidades.

“(…) Só na angústia subsiste a possibilidade de uma abertura privilegiada na medida em que ela singulariza. Essa singularização retira a pré-sença de sua de-cadência e lhe revela a propriedade e impropriedade como possibilidades de seu ser. Na angústia, essas possibilidades fundamentais da pre-sença, que é sempre minha, mostram-se como elas são em si mesmas, sem se deixar desfigurar pelo ente intramundano a que, de inicio e na maior parte das vezes, a pre-sença se atém” (Heidegger, 2005 [1927].: 255).

Em suma, a singularização da existência de Dasein, o frente-a-frente consigo mesmo é o toque do nada apreendido na condição de incerteza do aí do ente humano. Nada é a negação do é, por conseguinte, a negação do é, do ente, “é” justamente tudo aquilo, o extremo do não-é, no caso, o ser. Colocar ou estar diante de nada é, para Dasein, encontro, quer dizer, ter consciência de sua condição, seu fardo/tarefa de existir frente ao conhecimento de sua finitude, destinado a zelar pela sua existência e por aquilo que lhe é inerente. Esse movimento que se instaura entre a retirada do impróprio e o ingresso na dimensão própria da existência é a própria ação ontológica angustiada do ser-aí. Este ente, nós mesmos, “bóia” em uma situação de angústia estrutural, que angustia, mas impulsiona o ser-si-mesmo de cada qual. (Heidegger, [2005]1929)

A Daseinsanalyse filosófica presente em Ser e Tempo orienta a clínica de Binswanger e Boss. Assim sendo, a Daseinsanalyse lança seu olhar compreensivo para um homem que Sendo está-lançado no mundo, na de-cadência, imerso na cotidianeidade; e já toca o mundo em débito no que respeita ao fundamento de sua existência involuntária e finita. Entretanto, reitera-se, mesmo em meio ao a gente, o ser-aí é respaldado por uma condição fundamental angustiada, que o impulsiona para além do impessoal, colocando-o em contato com sua propriedade e/ou existência; seu ser. Neste contexto, Dasein é corporiedade, pois se relaciona consigo mesmo ainda como ente e também como corpo, que lhe permite a sensação de sua existência dentro do espaço em que ocupa na conjuntura de significações. Em outros termos, o ser do homem, estruturalmente, é ser-com-os-outros, consigo próprio e junto ao mundo. Isto é, toca seu contexto, sua existência e ao mesmo tempo de todos, mas primordialmente a sua, mesmo quede forma impessoal e cotidiana. O estar-em-jogo do ser-aí, delineado de modo breve anteriormente, só é possível no horizonte do tempo. Logo, o ser “é” dinâmico em relação aos momentos que vive e, assim, Dasein é tempo, historicidade. Sua temporalidade é composta, dentro da existência aberta, em tempo kronológico e kairológico, a saber, o tempo das horas, que não pára, e sua sensação de temporal, de como ele vive ele mesmo. (Heidegger, [2005]1927).

Foi a partir dessa concepção de homem que Binswanger e Boss propuseram a Daseinsanalyse psicológica. Em uma próxima reflexão, esta relação será contextualizada, primeiramente, enquanto período histórico que a ciência psicológica vivia e, na seqüência, apresentada como prática clínica e compreensão terapêutica.

Referências bibliográficas

Dubois, Christian
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Heidegger
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_______________. Ser e Tempo. Trad: Maria Sá Cavalcanti Schuback. São Paulo: Ed. Vozes, 2005. VOL.II.

Inwood, Michael.
Dicionário Heidegger. Trad: Luísa Buarque de
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Julia, Didier.
Dicionário da filosofia. Trad: José Américo da Motta
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Safranski, Rüdiger.
Heidegger: um mestre da Alemanha entre o bem e o mal. Ed. Geração Editorial, 2005.

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