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Carboidratos e gordura ajudam melhorar humor, diz pesquisador

O prazer sentido ao devorar uma guloseima depende, na verdade, do teor energético que ela contém. Parece piada de mau gosto, mas é isso mesmo: quanto mais calorias ingeridas, mais feliz você fica – ao menos até o momento de enfrentar a balança. "Estímulos com carboidratos e gordura provocam um aumento claro nos níveis de dopamina, que é um dos neurotransmissores envolvidos na melhora dos estados de humor", explica o professor Ivan de Araújo, pesquisador brasileiro que trabalha no Laboratório de Neurobiologia da Alimentação da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

O prazer sentido ao devorar uma guloseima depende, na verdade, do teor energético que ela contém. Parece piada de mau gosto, mas é isso mesmo: quanto mais calorias ingeridas, mais feliz você fica – ao menos até o momento de enfrentar a balança. "Estímulos com carboidratos e gordura provocam um aumento claro nos níveis de dopamina, que é um dos neurotransmissores envolvidos na melhora dos estados de humor", explica o professor Ivan de Araújo, pesquisador brasileiro que trabalha no Laboratório de Neurobiologia da Alimentação da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

Araújo conduziu uma pesquisa para investigar justamente o impacto de alimentos calóricos sobre as alterações de humor. "Fizemos um estudo com camundongos mutantes, que não detectam o gosto doce. E, mesmo entre eles, houve um aumento de dopamina após a ingestão de açucares. Esse é, portanto, um efeito direto: o sinal de recompensa que o cérebro recebe vem do ganho metabólico, energético, e não do sabor palatável."

Não é à toa que passar por dietas costuma gerar um tremendo mau humor. Desista de tentar enganar o corpo, pois o cérebro perceberá a diferença entre o iogurte tradicional e o diet. "O cérebro detecta a falta de energia, resultando em mudanças de humor. A longo prazo, a substituição arbitrária do alimento convencional pelo diet leva à queda do ritmo metabólico, pois o corpo entende que deve estocar energia. Ou seja: vai ficar mais difícil emagrecer".

Também não é por acaso que alguns remédios usados como coadjuvantes no emagrecimento estimulam a ação dos neurotransmissores. É ocaso da fluoxetina, que eleva o nível de serotonina – evitando que o paciente deseje buscá-la na geladeira. A síntese da serotonina – que determina o bom astral em conjunto com a dopamina e a noradrenalina – depende do triptofano, um aminoácido. "O corpo não o produz, ele vem da alimentação. Caso contrário, há impacto na síntese da serotonina, induzindo a estado depressivo", conta Araújo.

Fonte: BOL Notícias

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