RedePsi – Psicologia

Discriminação de estímulos em sujeitos com história de consumo crônico de etanol

8ª Jornada de Análise do Comportamento – UFSCar – 2009

Aila Stefania de Almeida;
Ana Letícia Simonato Barboza;
Nicole Fortuneé Vieira Hadida;
Emileane Costa Assis de Oliveira 
Curso de Psicologia, Centro Universitário de Votuporanga

Apresentação de Painéis

O álcool é uma das substâncias psicoativas de maior consumo e alta capacidade de dependência. As conseqüências psicológicas acusadas por sua utilização podem ser advindas do uso agudo, gerando intoxicação, ou crônico, provocando distúrbio amnéstico alcoólico. Estudos com ratos investigando os efeitos do etanol sobre a memória mostraram que este não prejudicou o desempenho em tarefa operante possivelmente por requer memória a um determinado estímulo. O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos do consumo crônico de etanol na aquisição de controle de estímulos. Para tanto, 6 ratos machos, Wistar, experimentalmente ingênuos foram divididos em 2 grupos (n=3): Grupo Etanol (GE) tratado com solução de 8% de etanol e Grupo Controle (GC) tratado com água pura. Os sujeitos do GE foram submetidos ao consumo de solução de etanol 8% por um período de 21 dias antes do experimento, caracterizando consumo crônico enquanto os sujeitos de GC foram mantidos com o consumo de água pura durante todo o período. Após o período de tratamento crônico, os grupos foram privados das soluções por um período de 48 h e em seguida submetidos à sessão de modelagem da resposta de pressão à barra seguida pelo fortalecimento desta resposta em CRF. O treino discriminativo consistiu em cinco sessões de 50 minutos, duas em FR2/Ext e as demais em FR4/Ext. Nas sessões a luz (SD) sinalizava reforço, sendo este a solução com a qual o grupo foi tratado e o escuro (S∆), extinção. Considerou-se como indicativo de aprendizagem discriminativa o índice discriminativo (ID) 0,8. Os dados mostraram que não houve diferença na aquisição discriminativa entre os grupos, ambos atingindo um ID médio próximo a 0,8 na 3ª sessão. Apontam, portanto, para semelhança na aprendizagem discriminativa em sujeitos com e sem história de consumo crônico de etanol mostrando consistência com pesquisas anteriores.

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