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O efeito da exposição crônica a estressores moderados sobre o consumo de etanol em ratos

8ª Jornada de Análise do Comportamento – UFSCar – 2009

Aila Stefania de Almeida;
Ana Letícia Simonato Barboza;
Nicole Fortuneé Vieira Hadida;
Emileane Costa Assis de Oliveira
Curso de Psicologia, Centro Universitário de Votuporanga

Apresentação Oral

Modelos animais tentam mimetizar psicopatologias como a depressão e a ansiedade permitindo, posteriormente, a análise das contingências envolvidas. O Chronic Mild Stress (CMS), proposto por Willner em 1987 é utilizado em pesquisas como forma de reproduzir, em ambiente experimental, alguns sintomas da depressão. Consiste na exposição crônica dos sujeitos a um protocolo de fatores estressores moderados, o “estresse do dia a dia”, produzindo a anedonia (perda do prazer). A partir do modelo do CMS, o presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da exposição crônica a estressores moderados sobre o consumo do etanol em ratos. Para tanto, foram utilizados 11 ratos machos, Wistar, experimentalmente ingênuos e com aproximadamente 5 meses no início da pesquisa. O experimento foi dividido em 3 etapas: 1º. teste de preferência (linha de base); exposição ao protocolo de estressores e 2º. teste de preferência (pós-teste). Os testes consistiam em privar os sujeitos de água por um período de 48 h, após o qual eram disponibilizados dois bebedouros simultâneos, um contendo água pura e o outro uma solução de 10% de etanol. Foram realizados 4 testes antes e depois da exposição ao protocolo de estressores. Os sujeitos foram expostos semanalmente a 13 estressores apresentados de modo alternado: inclinação de 30º da gaiola; gaiola com serragem suja e molhada; objeto estranho dentro da gaiola; agrupamento de 2 sujeitos; luz estroboscópica; luz contínua; privação de água e ração; barulho intermitente; apresentação de garrafa vazia após a privação de água; diminuição da temperatura (15ºC); ração restrita após a privação e odor estranho na caixa. A apresentação do protocolo durou 6 semanas ininterruptas, caracterizando exposição crônica aos estímulos estressores. Na linha de base o consumo de água e etanol foi de 22,5 e 2,5 g e no pós-teste 29,9 e 2,7 g, respectivamente. Os dados obtidos apontam pouca alteração no consumo do álcool em sujeitos com história de exposição crônica a estressores moderados. A alta concentração de etanol da solução pode ter contribuído para que esta fosse evitada pelos sujeitos, devido ao odor acentuado da substância.

Acesso à Plataforma

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