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Estudo mostra tendência de vício em mais de uma droga

Quase metade dos pacientes da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, é dependente químico de mais uma substância. O número aponta uma tendência que vem crescendo nos últimos anos entre os usuários de drogas: a dependência múltipla. "Hoje não há mais um dependente químico puro, de uma droga só, como se via antes", afirma a diretora clínica da Unidade, Alessandra Diehl.

Quase metade dos pacientes da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, é dependente químico de mais uma substância. O número aponta uma tendência que vem crescendo nos últimos anos entre os usuários de drogas: a dependência múltipla. "Hoje não há mais um dependente químico puro, de uma droga só, como se via antes", afirma a diretora clínica da Unidade, Alessandra Diehl.

Esse dado faz parte do levantamento que a unidade, a única clínica pública para dependentes químicos no Brasil, realizou entre os 96 internos que passaram pela instituição desde março deste ano, quando foi inaugurada.

De acordo com Alessandra, o consumo de álcool abre as portas para o uso de outras drogas. Nas classes de menor poder aquisitivo, ele normalmente se combina com o crack. E nas classes médias e altas, a dependência múltipla costuma estar relacionada ao uso de álcool combinado com anfetaminas e ecstasy.

Na Unidade de São Bernardo, as drogas que possuem o maior número de dependentes em comum são o álcool e crack. Segundo a diretora da instituição, isso ocorre principalmente graças à acessibilidade dessas substâncias. "É muito fácil conseguir o crack, pelo preço. E a mesma coisa vale para o álcool. Um litro de pinga, por exemplo, sai mais barato que um litro de leite", diz Alessandra.

Além disso, a explicação para a combinação dessas drogas pode também estar relacionada com o efeito de cada uma. Substâncias como o crack e o ecstasy são estimulantes do sistema nervoso central, enquanto o álcool é uma droga depressora. "Esses casos são os chamados dependentes cruzados, onde cada droga entra num contexto de aliviar o estado causado pela outra, como, por exemplo, excitação e calmaria", afirma Alessandra.

O tratamento na Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas de São Bernardo é gratuito e os pacientes só são aceitos na clínica quando encaminhados por outras instituições de saúde. Os interessados devem procurar Unidades Básicas de Saúde (UBS), prontos-socorros, hospitais ou Centros de Atenção Psicossocial (Caps) para o primeiro atendimento.

Para qualquer dúvida, o Caps mantém um serviço de informação gratuito que funciona 24 horas por dia, o Disque Informações sobre Drogas (DID). O telefone é 0800-771-3163. Mais informações sobre a Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas de São Bernardo e dependência química em geral podem ser encontradas no website da instituição: http://www.uniad.org.br.

Fonte: BOL Notícias

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