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A extinção dos “dinossauros” organizacionais

Tradicionais sem sermos tradicionalistas. Talvez este seja o maior segredo das organizações seculares em nosso país. Empresas que foram criadas pequenas de forma simples e que após algumas gerações (quatro ou cinco) se tornam gigantes e continuam joviais e competitivas. Como uma grande onda, mantém o culto a seus valores sem se dobrarem ao marasmo e monotonia de idéias que chegam em marolas de um entardecer à beira de uma praia serena. O tradicional é audacioso e o tradicionalista finge não ver novos ventos de mudança.Mas as organizações simplesmente refletem o que são as pessoas que a integram e a alimentam com vida.
No inicio de tudo, cria-se uma pequena empresa com três ou quatro funcionários sendo que dentre estes, talvez a metade fosse também herdeiro e a outra metade pessoas extremamente dedicadas ao emprego. Mas o tempo passa (décadas talvez) e não demora muito para que aquele sucessor potencial transforme-se em uma patrão exemplar. Mas quanto ao funcionário?

Depois de tantos anos dentro da mesma organização ganhou outro apelido: dinossauro organizacional. Poderia descrevê-lo assim: experiente na função exercida, qualificado em apenas uma tarefa, conhecedor profundo do conjunto de valores (tradições) que regem a empresa que ajudou a construir e às vezes confunde-se com um conselheiro devido aos inúmeros momentos ao lado da família.

Para este, ao final de sua longa jornada de dedicação, resta apenas um sonho: transmitir o bastão e ver seu filho trilhar o mesmo caminho que fez desde a juventude. Pessoas como estas despertam muito valor e admiração, pois ninguém permanece imune às alterações do mercado sem competência comprovada, Mas acontece que o mundo atual não quer os tradicionalistas e sim os tradicionais.

Como vivem hoje os funcionários do passado, que tinham “estabilidade de emprego” nas organizações onde ficavam anos na mesma empresa?Hoje já se sabe que as empresas vivem ao inverso deste modelo tradicionalista, pois tanto por parte dela que precisa estar sempre ajustando seu quadro de funcionários ou terceirizando setores, como por parte dos empregados que estão buscando melhores salários e pedindo demissão para alcançar seus objetivos em novas empresas. 

Diante dessa nova perspectiva os profissionais do passado que criaram vínculo profissional e emocional com sua empresa, vivem um difícil enfrentamento quando se é obrigado a entrar no modelo atual e dinâmico.  Diante desta circunstância, é importante não levar para o lado pessoal uma possível demissão, pois caso isso venha a ocorrer, sentimentos de frustração, humilhação e até mesmo de incompetência acabaram surgindo e isto pode causar bloqueios e até medo exacerbado de encarar um novo emprego. 

Para  que isso não ocorra fica aqui algumas dicas:·       

Não leve para o lado pessoal;·       

Observe se esse movimento está ocorrendo só com você e a empresa que trabalha, ou com as demais também;·       

Procure novos conhecimentos técnicos;·       

Compartilhe seus sentimentos com sua família e amigos próximos;·       

Faça uma terapia.            

Esses novos desafios estão circundando a nova geração. Anime-se abra seu horizonte e saiba que o bom profissional não é a empresa que faz e sim o que você está fazendo para si próprio e para empresa em que trabalha. Deve-se transformar o velho dinossauro pesado, robusto e assustador numa águia que se renova de tempos em tempos para superar desafios e conseguir sobreviver, demonstrando ser uma pessoa de grande talento e perspicácia.

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