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Mal de Parkinson danifica cérebro antes dos sintomas, alertam especialistas

O cérebro de um paciente de mal de Parkinson já apresenta danos antes do aparecimento dos sintomas da doença, segundo a presidente da Sociedade Espanhola de Neurociência, Carmen Cavada.

O cérebro de um paciente de mal de Parkinson já apresenta danos antes do aparecimento dos sintomas da doença, segundo a presidente da Sociedade Espanhola de Neurociência, Carmen Cavada.

Durante um congresso realizado ontem (14) na Universidade de Navarra (norte da Espanha), Cavada relatou que já houve a detecção da morte de até 50% dos neurônios e diminuição nos níveis do neurotransmissor dopamina, características do mal de Parkinson, antes da aparição dos sintomas.

Segundo ela, os fatores envolvidos nesta doença neurodegenerativa são objeto de estudo de um grupo de trabalho formado por especialistas internacionais como Oleh Hornykiewicz, do Instituto de Neurociências de Viena, que descreveu o deficit de dopamina na doença.

Atualmente, ela é diagnosticada quando o cérebro já perdeu entre 60% e 70% de dopamina. Por isso, o grupo de especialistas iniciou um projeto multidisciplinar para estudar o cérebro do ponto de vista bioquímico e anatômico, informou a Universidade de Navarra em comunicado.

O trabalho é coordenado por José Ángel Obeso, diretor do Laboratório de Transtornos do Movimento do Centro de Pesquisa Médica Aplicada da Universidade de Navarra (CIMA, na sigla em espanhol), cuja equipe desenvolveu um modelo experimental para analisar a progressão da doença desde seu estágio inicial.

"Se conhecermos o que acontece no cérebro antes que os sintomas apareçam, poderemos atenuá-los e evitar que a doença progrida", explica Cavada.

Segundo Manuel Rodríguez Díaz, pesquisador da Universidade de La Laguna, o mal de Parkinson é causado por múltiplos fatores, mas não se sabe qual importância cada um tem.

"Embora seja um esforço, é preciso incentivar estes encontros multidisciplinares, já que todo o avanço no mal de Parkinson repercutirá em outras patologias neurodegenerativas", afirma Rodríguez Díaz.

Fonte: BOL Notícias

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