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Psicologia e o Brinquedo

Introdução

Na Ludoterapia os brinquedos tornam-se veículos fundamentais no processo tranferencial. Devem ser utilizados com objetivo de auxiliar o terapeuta a colher informações que facilitarão o tratamento e a superação das dificuldades apresentadas.

Os brinquedos são de grande importância para o desenvolvimento e a educação da criança por propiciar o desenvolvimento simbólico, estimular a sua imaginação, a sua capacidade de raciocínio e a sua auto-estima. Podem ser utilizados em tratamento psicoterapêutico na Ludoterapia, com crianças com problemas emocionais causados por fatores variados, ou que apresentam distúrbios de comportamento ou baixo rendimento escolar.

Carrinhos em miniatura, bonecas, bolas, ursos de pelúcia, ioiôs e figuras de super heróis, são exemplos de brinquedos. O ato de brincar em si, geralmente não exige um brinquedo, que seja um objeto tangível, pode acontecer como jogos simbólicos (faz-de-conta).

Um brinquedo é um objeto ou uma atividade lúdica, voltada única e especialmente para o lazer, e geralmente associada a crianças, também usada por vezes para descrever objetos com a mesma finalidade, voltada para adultos. Na pedagogia, um brinquedo é qualquer objeto que a criança possa usar no ato de brincar. Alguns brinquedos permitem às crianças divertirem-se enquanto, ao mesmo tempo, as ensinam sobre um dado assunto. Brinquedos muitas vezes ajudam no desenvolvimento da vida social da criança, especialmente aquelas usadas em jogos cooperativos. Desde os tempos antigos que os brinquedos tiveram um importante papel na vida das crianças. Por milhares de anos crianças brincaram com brinquedos dos mais variados tipos.

Os brinquedos mais comuns para bebês entre zero a doze meses são brinquedos musicais simples e móbiles, ou brinquedos de berço, objetos que ficam pendurados sob o berço do bebê. Estes brinquedos estimulam a coordenação motora, a visão e a audição do bebê. Após o primeiro ano de vida, blocos que podem ser encaixados entre si e animais de pelúcia também passam a interessar o bebê. Um espelho resistente ajuda estas crianças a reconhecerem-se a si mesmas. Outros brinquedos incluem, pequenos e simples quebra-cabeças e livros ilustrados. Bonecas passam a atrair a atenção das crianças por volta do segundo ano de vida.

Entre os dois aos seis anos de idade, a criança torna-se mais interessada em explorar o mundo à sua volta. A partir do sexto ano de vida, os brinquedos começam a fazer parte de brincadeiras mais elaboradas e/ou "faz-de-conta". Ao brincar com bonecas, as crianças fazem de conta que são pais, e fazem uso de vários artifícios de brinquedo – carrinhos e berços, por exemplo. Bonecos de ação – robôs, super-heróis e vilões – ainda interessam crianças até por volta do décimo ano de vida. À medida que a criança cresce, ela pode participar em jogos mais elaborados  como quebra-cabeças mais complicados ou jogos de tabuleiro, por exemplo. Por volta do décimo ano de vida, muitas crianças interessam-se por brinquedos muito elaborados que as ensinam ter paciência e dedicação.

Vários pré-adolescentes perdem interesse em todo tipo de brinquedo infantil após o décimo segundo ano de vida; outros são influenciados por um dado tipo de brinquedo quando crianças, a tal ponto que esta pessoa passa a manter um hobby relacionado com esse brinquedo quando adulto. Na aplicação da  ludoterapia os brinquedos são utilizados como importantes facilitadores de processos  transferênciais através dos quais ocorre a dinâmica terapêutica gerando a solução e eficácia de muitos problemas.

M. de Fátima Campany
CRP 5309-5ªR  

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