O outro lado da moeda: trabalho contribui para melhora em quadros de esquizofrenia

Diversas pesquisas demonstram que pacientes diagnosticados com esquizofrenia que tenham melhor desempenho cognitivo tem maiores chances de conseguirem ingressar no mercado de trabalho. O estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria da USP demonstrou a relação inversa: paciente com esquizofrenia que começam a trabalhar melhoram seu desempenho intelectual, além de diminuírem a apatia e o isolamento. A pesquisa foi publicada na revista Schizophrenia Research.

Diversas pesquisas demonstram que pacientes diagnosticados com esquizofrenia que tenham melhor desempenho cognitivo tem maiores chances de conseguirem ingressar no mercado de trabalho. O estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria da USP demonstrou a relação inversa: paciente com esquizofrenia que começam a trabalhar melhoram seu desempenho intelectual, além de diminuírem a apatia e o isolamento. A pesquisa foi publicada na revista Schizophrenia Research.

Foram acompanhados diversos pacientes diagnosticados como esquizofrênicos entre os anos de 2003 e 2010, dentre os quais, 100 foram inseridos com sucesso em estágios de reabilitação na cidade de São Paulo. Os participantes recebiam uma ajuda de custo de 200 reais por mês, e eram recebidas por empresas parceiras sem nenhum ônus.

Os participantes tinham o diagnóstico a, em média, 8 anos, e tinham cerca de 21 anos de idade. Como pré-requisito para participarem, deveriam apresentar boa adesão ao tratamento medicamentoso e quadro clínico estável durante os seis meses anteriores ao início do programa.

Não havia compromisso por parte das empresas em contratarem os estagiários, mas 42% deles foram efetivados como funcionários após o término do processo. De acordo com os pesquisadores, uma quantidade maior de participantes poderiam ter sido efetivados se contassem com o apoio da família, que em muitos casos, tinham receio de abrir mão do seguro desemprego.

Fonte: Revista Veja.