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Condições para a recepção da análise do comportamento no brasil: análise histórica de obras de Carolina Bori publicadas até 1961 – Gabriel Vieira Candido, Marina Massimi

O início da análise do comportamento no Brasil ocorreu com a vinda do professor Fred S. Keller à USP, em 1961. Sua vinda ao Brasil deveu-se, principalmente, ao contato iniciado em 1959 por Mirthes Rodrigues, no Brasil, através de cartas enviadas para o próprio Keller, nos Estados Unidos. Tal convite foi realizado em nome do então chefe do Departamento de Fisiologia da USP, Paulo Sawaya que, após o contato iniciado por Mirthes, combina condições necessárias para a vinda e as aulas que Keller daria no Brasil. Após acertadas todas as condições para a chegada e início das aulas de Keller na USP, surge o nome de Carolina Bori, professora do Departamento de Psicologia Experimental da USP, que acompanharia todas as aulas de Keller, no ano de 1961. Muito do que foi feito a partir deste contato, em que envolveria não apenas Keller e Bori, mas também Rodolpho Azzi e Gil Sherman, está amplamente divulgado em artigos, livros e entrevistas. Porém, pouco se sabe sobre as condições históricas, anteriores à 1961, que tornaram possível o contato de Carolina Bori e Rodolpho Azzi com o professor norte-americano Fred S. Keller. Assim, neste trabalho pretende-se apresentar, a partir de artigos de autoria de Carolina Bori publicados até o ano de 1961, informações sobre possíveis fatores que fizeram desta professora, um nome importante para acompanhar Keller em suas atividades no Brasil. Serão analisados artigos, capítulos de livro e tese de doutorado de Carolina Bori, localizados a partir do Currículo Lattes, referência de artigos sobre Carolina Bori, e publicações localizadas na biblioteca do Instituto de Psicologia da USP. Ao todo, seis trabalhos publicados foram analisados, sendo três sobre experimentação e laboratório, um sobre o estudo da personalidade e um estudo sobre fenômenos sociais. Comparação entre tais artigos e o relatório escrito por Keller sobre suas aulas na USP, em 1961, apontam que a importância dada à experimentação para a formação do psicólogo e construção de conhecimento em Psicologia são temas constantes e abordados com grande semelhança.

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