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Os efeitos cognitivos dos videogames

Os psicólogos Luciana Alves e Alysson Massote Carvalho publicaram um artigo no qual fazem uma revisão bibliográfica sobre os efeitos cognitivos e sociais dos videogames. Concluiram que o videogame é uma "ferramenta capaz de aperfeiçoar as habilidades cognitivas e perceptivas, sendo os jogos educacionais apontados como uma experiência benéfica aos seus usuários, e que as repercussões negativas se referem, principalmente, ao efeito daqueles com conteúdo de violência."

Os autores dividiram o artigo em três partes:
Efeitos negativos dos videogames: Encontram pesquisas que relacionam jogos violentos e comportamentos violentos. Também encontraram pesquisas que relacionam o uso intenso de videogames com eplepsia, Síndromes musculoesqueléticas, problemas com sono, doenças mentais e problemas com metabolismo.
Efeitos positivos dos videogames: Foram encontradas pesquisas que relacionam jogos com aumento de conhecimento e compreensão de fenômenos, uso baixo e moderado de videogames com melhor rendimento em diversas medidas (saúde metal, proximidade familiar, uso de substâncias, autoconceito, rede de amizade, desobediência aos pais), melhora da atenção visual, enumeração, tempo de processamento e informação visual. Encontram pesquisa que aponta que videogame de ação pode influenciar a atenção seletiva visual além de várias outras pesquisas que relacionam jogos específicos com melhor desempenho em habilidades cognitivas diversas. Também foram feitas pesquisas demonstrando potencial terapêutico dos videogames em situações pré-operatórias com crianças, aumento da motivação para exercícios físicos e potencial aumento da sociabilidade.
Os autores também apresentaram algumas diretrizes para uso um seguro dos videogames que incluem acompanhamento dos pais no processo, respeito a indicação de faixa etária, diversidade dos jogos.
E conluíram que: "As pesquisas realizadas sobre videogame, em termos de teoria, estão desvendando um campo fantástico, tanto que a capacidade do cérebro e o comportamento humano podem vir a ser reformulados por meio do treinamento com este artefato. Não obstante, o entendimento dos mecanismos que levam a tamanha plasticidade se constitui, na atualidade, em um dos grandes desafios enfrentados por este campo da pesquisa científica."
Alves, Luciana, & Carvalho, Alysson Massote. (2011). Videogame: é do bem ou do mal? Como orientar pais. Psicologia em Estudo16(2), 251-258. Recuperado em 26 de feveiro de 2012, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722011000200008&lng=pt&tlng=pt. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722011000200008.

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